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Ministro foi demitido pouco minutos depois de deixar o plenário da Câmara | GUSTAVO_LIMA/Agência Câmara
Ministro foi demitido pouco minutos depois de deixar o plenário da Câmara| Foto: GUSTAVO_LIMA/Agência Câmara

Depois do bate-boca na Câmara dos Deputados, Cid Gomes já esteve com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Ao sair de breve reunião, disse a jornalistas que pediu demissão do cargo de ministro da Educação. “A conjuntura política me impede de continuar. A minha permanência ficou um contraponto à base. A forma como coloquei as coisas, é óbvio que cria dificuldade para o governo”, disse Cid.

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Cid Gomes informou ter relatado à presidente que lamentava muito deixar o governo, pois tinha muitos projetos para a educação. Questionado sobre o que faria agora, disse: “Eu vou para casa”.

Um assessor diretor de Cid Gomes disse que o pedido de demissão foi feito em caráter “irrevogável”, que mantinha a posição defendida na Câmara. Segundo esse assessor, Dilma aceitou prontamente a solicitação.

Nesta quarta-feira (18), Cid Gomes foi à comissão geral na Câmara, em sessão convocada para o ministro explicar declaração feita por ele de que haveria no Congresso “300 ou 400 achacadores” que se aproveitam da fragilidade do governo. O encontro terminou em bate-boca. Cid disse que parlamentares da base do governo que não votam de acordo com a orientação do Planalto deveriam “largar o osso” e ir para a oposição. O PMDB chegou a ameaçar deixar a base do governo caso a presidente Dilma Rousseff não demitisse o ministro da Educação, Cid Gomes, depois da participação dele na Comissão Geral da Câmara.

A participação de Cid Gomes na comissão geral da Câmara dos Deputados foi encerrada repentinamente com um bate-boca entre o ministro e o deputado Sérgio Zveiter (PSD-RJ). Ao ser chamado de “palhaço” pelo parlamentar e ter o microfone cortado pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Cid deixou o plenário e a sessão foi encerrada. Cid seguiu direto para reunião com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.

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No final da sessão desta quarta-feira, Eduardo Cunha afirmou que a presidência da Câmara irá entrar com uma ação contra Cid Gomes. O peemedebista também afirmou que irá pedir a abertura de um processo contra o ministro em seu nome. “Não vou admitir que alguém que seja representante do poder Executivo, agrida não só essa casa, como ainda volte aqui e reafirme as ofensas”.

Planalto

O Palácio do Planalto acaba de distribuir nota oficial dizendo que “o ministro da Educação, Cid Gomes, entregou nesta quarta-feira, 18 de março, seu pedido de demissão à presidenta Dilma Rousseff”. A nota diz ainda que a presidente Dilma “agradeceu a dedicação dele à frente da pasta”.

PMDB ameaçou deixar base do governo se Dilma não demitisse Cid

O PMDB chegou a ameaçar deixar a base do governo caso a presidente Dilma Rousseff não demitisse o ministro da Educação, Cid Gomes, depois da participação dele na Comissão Geral da Câmara. “Não há base com a permanência dele. Não existirá base com o governo mantendo um ministro com este tipo de atitude”, afirmou o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ). “O PMDB fez a mais formal das afirmações. Afirmou da tribuna da Câmara dos Deputados que deseja e que espera do Poder Executivo uma manifestação a respeito do comportamento do ministro Cid Gomes”, disse.

“O ministro atacou não só toda a base do governo, como todo o conjunto da Casa, inclusive a oposição. Aqui não se trata de base ou não base. Trata-se de dar o respeito a esta Casa”. Questionado sobre a ameaça, após deixar o plenário, Cid Gomes jogou a responsabilidade para Dilma. “Muito bem. A presidenta resolverá o que vai fazer. O lugar é dela, sempre foi dela e eu aceitei para servir porque acredito nela.” Pouco depois, o próprio presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou que o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, teria lhe telefonado e informado que Cid Gomes não é mais ministro.

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