O Ministério da Agricultura impôs nesta sexta-feira (19) restrições preventivas temporárias à exportação de produtos avícolas para 44 países, após a confirmação de um foco da doença de Newcastle em um estabelecimento de produção avícola comercial no município de Anta Gorda, no Rio Grande do Sul.
A medida, segundo a pasta, atende aos requisitos acordados nos Certificados Sanitários Internacionais para “garantir a transparência do serviço oficial brasileiro, frente aos países importadores dos produtos.”
A doença de Newcastle é causada por um vírus que afeta aves domésticas e silvestres, causando sinais respiratórios, frequentemente seguidos por manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça nestes animais. Os últimos casos no Brasil haviam sido registrados em 2006.
O ministério da Agricultura informou que a população não deve se preocupar e pode continuar consumindo carne de frango e ovos, inclusive da própria região afetada, já que os produtos são inspecionados pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) e permanecem seguros.
A suspensão da exportação para China, Argentina e México vale para todo Brasil, por enquanto. Além da carne de frango, há restrições para ovos, carne para alimentação animal, matéria-prima de aves para fins opterápicos, preparados de carne e produtos não tratados derivados de sangue.
Frigoríficos do Rio Grande do Sul terão restrições para exportar frango e derivados para União Europeia, África do Sul, Reino Unido, Chile, Peru, Uruguai e outros 25 países. Já de um raio de 50 km do foco não podem ser exportadas carnes de aves e derivados para mais dez países, inclusive Canadá e Japão. A lista de produtos afetados pela medida está no site do ministério, que afirmou também que as regras de suspensão são revisadas diariamente.
Além da restrição de exportações, barreiras sanitárias estão sendo montadas na região do Vale do Taquari, onde o caso da doença de Newcastle foi verificado. O objetivo é controlar a movimentação e evitar a entrada e passagem de aves na área do foco. Investigações epidemiológicas continuam na zona de vigilância de proteção e em todo Rio Grande do Sul. Neste domingo, três casos suspeitos da doença foram descartados, após análise laboratorial.
“É um pedido do presidente Lula tratar o caso com total transparência, a fim de tranquilizar a população e os países importadores quanto à segurança do nosso sistema de defesa agropecuária. Tenho certeza que com a agilidade de nossas equipes vamos voltar à normalidade das nossas exportações muito em breve”, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
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