A safra brasileira de grãos 2018/2019 deve alcançar 233,29 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 2,5% (5,61 milhões de t. a mais) em comparação com o período anterior 2017/18 (227,67 milhões de t.). Os dados fazem parte do sexto levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta semana (12).
Conforme a Conab, o resultado mantém a safra 2018/19 como a segunda maior registrada na série histórica do País. “O bom desempenho é impulsionado pela melhora da produção do milho na segunda safra do grão”, informa a Conab, em nota.
Para a segunda colheita do milho, a expectativa é que a produção seja de 66,60 milhões de toneladas, volume 23,6% superior ao registrado na safra passada. “Esse resultado é reflexo da maior área”, afirma o superintendente de Informações do Agronegócio da Conab, Cleverton Santana. “Com 80% dos grãos já plantados, os agricultores devem destinar 12 milhões de hectares para plantio em vez dos 11,5 milhões de hectares da safra passada”.
O superintendente ressalta, ainda, que a produtividade deve melhorar. “A expectativa é que sejam colhidos 5.228 quilos por hectare, mas estamos trabalhando com dados estatísticos, uma vez que ainda não é possível aferir o desempenho do milho nas lavouras”.
O estuda aponta que o algodão também teve destaque positivo, atingindo produção de até 2,58 milhões de toneladas da pluma, um incremento de 28,4%. Segundo a Conab, com um cenário de mercado favorável para o produto, os agricultores brasileiros investiram em uma maior área plantada, que deve atingir a marca de 1,6 milhão de hectares.
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A soja, responsável por cerca de 49% da produção nacional de grãos, terá uma redução de 4,9%, alcançando 113,46 milhões de toneladas. A quebra de safra prevista em 5,8 milhões de toneladas pode ser observada em importantes Estados que cultivam a oleaginosa, como Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul e na região do Matopiba (acrônimo formado com as iniciais dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), principalmente na Bahia. Mesmo assim, esta é a terceira maior produção já registrada, próximo ao volume total de soja produzidos pelo País na safra 2004/2005.
O feijão também apresentou produção menor na primeira safra. Com uma colheita de 987,5 mil toneladas, a queda pode alcançar 23,2%. Com menos produto no mercado, o preço da leguminosa está atrativo para os produtores, o que incentiva uma maior área plantada na segunda safra do grão, que poderá resultar em uma produção de 1,356 milhão de toneladas (aumento de 11,5% em comparação com o ano passado). O número é impulsionado pelo aumento do feijão tipo cores, que tende a crescer em 28% e, na variedade preto, alta de 20,9%. No caso do feijão caupi a tendência é de uma queda de 6%, principalmente pela expectativa de redução da área cultivada em Mato Grosso.
A safra de arroz deve diminuir 11,8%, para 10,64 milhões de t, em comparação com 12,06 milhões de t.
A área de plantio total na safra 2018/2019 está estimada em 62,87 milhões de hectares. Se confirmada, será a maior já registrada no País. O incremento esperado é de 1,9% ou 1,15 milhão de hectares em relação à safra passada, estima a Conab.
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