Um dos mais aguardados lançamentos de 2019 já está nas lojas. A Volkswagen começa a vender o inédito T-Cross, SUV compacto que promete brigar pela liderança do segmento.
A pré-venda já foi um sucesso, com as 800 unidades esgotando em uma semana. E olha que foi oferecida apenas as versões mais caras, na faixa de R$ 100 mil para cima.
Agora o interessado terá à disposição desde a configuração de entrada 1.0 200 TSI manual, que parte de R$ 85 mil, e vai até a 1.4 250 TSI, começando em R$ 109.490. Há ainda 850 unidades do pacote First Edition, exclusiva de lançamento, que custa R$ 117 mil.
A montadora prevê que as três configurações com o motor 1.0 turbo, de 128 cv, representarão 75% das vendas do carro.
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Desde a semana passada várias lojas pelo Brasil realizam o chamado Vip Day, para apresentar a novidade a clientes.
A seguir listamos as impressões que tivemos do T-Cross após dirigirmos o modelo nas duas opções de motorização.
T-CROSS 1.0 200 TSI
Força sob medida
O motor 1.0 turbo tricilíndrico com injeção direta de combustível rende 128/ 116 cv (etanol/ gasolina) e 20,5 kgfm. E ele caiu muito bem ao SUV compacto. Despeja quase todo o torque já a 2 mil giros, exigindo menor pressão no acelerador para arrancadas mais firmes.
Não espere acelerações vigorosas, de colar o corpo ao banco. Não é proposta do 1.0 turbo. Mas isso não significa que ele decepciona. Pelo contrário, há um belo casamento com o câmbio automático de seis velocidades, que escalona as marchas corretas conforme a exigência, como em ultrapassagens e subidas.
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O ronco grave da turbina, misturado com o do motor com três cilindros, passa a sensação de que a entrega é ainda maior quando pisamos no pedal da direita.
No trânsito urbano, o motor mostra agilidade para as saídas de cruzamento e semáforos. Na rodovia, consegue subir rapidamente o ponteiro do velocímetro e manter a velocidade cruzeiro com fôlego de sobra.
Segundo dados da Volkswagen, o zero a 100 km/h é feito em 9,6 segundos no câmbio manual e 10,4 s, no automático.
O desempenho do 1.0 turbo é superior ao dos principais concorrentes. Honda HR-V 1.8 (138 cv e 17,7 kgfm) cumpre o mesmo trecho em 10,7s no automático tipo CVT; o Renegade 1.8 (139 cv e 19,6 kgfm) faz em 11,1s no automático; e o Hyundai Creta 1.6 (130 cv e 16,5 kgfm) precisa de 12,0s no automático.
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Consumo
A tecnologia downsizing do propulsor tem como proposta oferecer eficiência no consumo, sem abrir mão do desempenho.
Câmbio manual
- Cidade: 8,5/ 12,2 km/l (e/g)
- 10,1/ 14,5 km/l (e/g)
Câmbio automático
- Cidade: 7,6/ 11,0 km/l (e/g)
- Estrada: 9,5/ 13,5 km/l (e/g)
T-CROSS 1.4 250 TSI
Direção divertida
Se no Tiguan a usina 1.4 turbo já é instigante, imagine no irmão mais novo, que pesa 370 kg a menos (são 1.200 kg).
O torque abundante está disponível num giro ainda mais baixo que no 1.0: 1.700 rpm. Com isso, multiplique as respostas imediatas já vista no motor menor.
É diversão garantida ao volante, ainda mais quando o modo Sport é acionado no câmbio automático Tiptronic de 6 marchas. As trocas são suaves e as relações curtas nas primeiras marchas e mais longas nas posições altas.
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Se o condutor quiser controlar melhor as mudanças de velocidade, pode efetuar as trocas de marchas de maneira manual por aletas atrás do volante ou na própria alavanca de câmbio. O zero a 100 km/h é feito em 8,7 segundos e a velocidade máxima alcança 198 km/h.
Consumo
Câmbio automático
- Cidade: 7,7/ 11,0 km/l (e/g)
- Estrada: 9,3/ 13,2 km/l (e/g)
Seguro e espaçoso
O T-Cross usa a plataforma MQB A0, a mesma de Polo e Virtus, que entrega um padrão europeu de construção, com chassi bastante rígido e seguro. Recentemente recebeu nota máxima no teste de colisão do Latin NCAP.
De série, o modelo já vem com seis airbags e controle de estabilidade e de tração. Também oferece detector de fadiga e frenagem automática pós-colisão nas versões mais caras.
O porte do utilitário não é tão vistoso como nos rivais. Com 4,23 de comprimento, é uma do menores da categoria. Isso facilita as manobras e o encaixe nas vagas mais apertadas.
Porém, por dentro ele entrega uma espaço de SUV. São 2,65 m de distância entre-eixos, a mesma do Virtus, que lhe confere ótimos vãos para as pernas nas duas fileiras de bancos.
Inovação visual
A aparência do Volkswagen foge um pouco ao padrão do segmento e não deve passar despercebido nas ruas.
Destaque para a traseira inédita, com as lanternas conectadas por uma espécie de painel escurecido, cuja função é refletir as luzes dos veículos que vêm atrás durante à noite.
A iluminação da lanternas em led traz elementos com a assinatura refinada da marca, em formato de ‘C’. A dianteira é mais sóbria e remete à do novo Tiguan.
Na versão Highline a luz diurna DRL é integrada aos faróis. Nas demais configurações ela está inserida ao farol de neblina.
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Melhores tecnologias são opcionais
A novidade traz um nível de tecnologia pouco visto nos rivais. Só que está distribuído por pacotes opcionais que encarecem o veículo.
Para ter sistema de estacionamento automático (Park Assist 3.0), som premium Beats com subwoofer e faróis full led é preciso desembolsar R$ 6.050 a partir da versão 1.0 TSI Comfortline, subindo o preço para R$ 106.040.
Já o moderno quadro de instrumento 100% digital e personalizável, casado com a central multimídia de 8 polegadas com navegação por satélite, sai por R$ 4 mil e está disponível somente para a opção topo de linha Highline 1.4 TSI. O preço daí alcança R$ 113.990. O pacote inclui ainda o seletor de modos de condução (Normal, ECO e Sport).
O teto solar panorâmico é outro opcional, oferecido a partir da versão intermediária por R$ 4,8 mil (na cesta há ainda retrovisor eletrocrômico, sensor de chuva e farol alto automático.
Acabamento destoa
A Volkswagen decidiu seguir a fórmula já usada no Polo e no Virtus e abrir mão de luxo no acabamento, mesmo para um modelo que começa em R$ 85 mil.
Há uma profusão de plástico duro no painel, revestimento de portas e console. Mesmo sendo de boa qualidade e com encaixes perfeitos, o material deixa o ambiente do carro sóbrio demais.
O interior só ganha sofisticação com o quadro de instrumento digital e a moderna e tecnológica central multimídia com tela de 8 polegadas, mas aí o preço bate os R$ 115 mil.
Porta-malas limitado
A capacidade de 373 litros do porta-malas está entre as menores do segmento. Perde para a maioria dos concorrentes, como HR-V (437 l), Kicks (432 l) e Creta (431 l).
A Volks até criou uma solução para ampliar o volume do compartimento para 420 l, usando uma gancho retrátil que deixa o encosto do banco traseiro levemente para a frente.
Teria sido melhor colocar um assento deslizante para abrir espaço lá trás, como fez na Tiguan.
Itens de série e opcionais:
T-Cross 1.0 200 TSI manual
R$ 84.990
Direção elétrica com ajuste de altura e profundidade; controle de estabilidade (ESC); câmbio manual de seis marchas; seis airbags; rodas de liga aro 16; freios a disco nas quatro rodas; limpeza automática dos discos de freios; bloqueio eletrônico do diferencial; assistente para partida em rampas (Hill Hold); sensor de ré; sistema Isofix para cadeirinhas infantis; faróis de neblina com função 'cornering light' (iluminam no sentido da conversão); luzes diurnas em led; lanternas em led; banco dianteiro do passageiro com encosto rebatível; suporte para smartphone com entrada USB para carregamento; travas, vidros e retrovisores elétricos (com função tilt down); sistema de som Media Plus com conexão bluetooth e entrada USB; e volante multifuncional.
Opcionais
Pacote Interactive I (R$ 1.720): som Composition Touch com App-Connect; dois alto-falantes adicionais, além dos quatro de série; câmera de ré para auxílio em manobras; e sensores dianteiros de estacionamento.
T-Cross 1.0 200 TSI AT
R$ 94.490
+ câmbio automático Tiptronic de seis marchas; grade dianteira em preto brilhante; controle automático de velocidade; apoio de braço central com porta-objetos; volante multifuncional revestido de couro com 'shift paddles' (trocas de marchas por aletas atrás do volante); duas entradas USB para o banco traseiro; saída traseira de ar-condicionado; sistema de som Composition Touch, com tela colorida sensível ao toque de 6,5 polegadas e App-Connect.
Opcionais
Pacote Interactive II (R$ 1.590): câmera de ré; sensores dianteiros de estacionamento; e retrovisores externos com rebatimento elétrico.
T-Cross 1.0 200 TSI Comfortline AT
R$ 99.990
+ detalhes cromados na grade dianteira; colunas centrais em preto brilhante; para-choque traseiro com apliques cromados na região inferior; ar-condicionado digital; banco do motorista com ajuste lombar; câmera de ré; indicador de pressão dos pneus; manopla do câmbio revestida de couro; porta-luvas refrigerado; revestimento interno na cor azul-escura; e insertos decorativos no painel; sistema "Save" de variação do espaço do porta-malas; rodas de liga aro 17; sensores dianteiros de estacionamento; e sistema de frenagem automática pós-colisão.
Opcionais
Pacote Design View (R$ 1.950): bancos em couro com detalhes na cor marrom; aplicações decorativas no painel com detalhes na cor bronze.
Pacote Exclusive II & Interactive (R$ 5.450): painel 100% digital (Active Info Display, de 10,3"); sistema Discover Media com navegador, tela de 8 polegadas e comando por voz; entrada USB no console central; iluminação ambiente em led; seletor do modo de condução; sistema 'Kessy' de abertura das portas sem chave e partida do motor por botão; retrovisores externos com rebatimento elétrico; e tapetes adicionais de carpete.
Pacote Sky View II (R$ 4.800): teto solar panorâmico; retrovisor interno eletrocrômico; e sensores de chuva e crepuscular.
Pacote Premium (R$ 6.050): assistente automático de estacionamento (Park Assist 3.0); faróis full led com luz de condução diurna em led; e sistema de som Beats com subwoofer.
T-Cross 1.4 250 TSI Highline AT
R$ 109.990
+ rack de teto; moldura cromada para os faróis de neblina e para a grade dianteira; frisos laterais na região inferior dos vidros; bancos revestidos de couro; iluminação ambiente em led; manopla da alavanca de freio de estacionamento revestida de couro; cobertura dos pedais de alumínio; retrovisor interno eletrocrômico; retrovisores externos com rebatimento automático; detector de fadiga; sistema 'Kessy', sistema start&stop; e sensores de chuva e crepuscular.
Opcionais
Os mesmos do 1.0 200 TSI Comfortline, e também:
- Pacote Innovation (R$ 4.000):
quadro de instrumentos digital; central multimídia com tela de 8 polegadas, GPS e comandos por voz ; USB no console; e seletor de modos de condução.
- Pintura biton (R$ 1.900): são quatro opções de combinações - teto preto com carroceria branca, prata, cinza ou bronze, ou teto cinza com a carroceria na cor cinza.
São oito as opções de cores: branco, preto, prata, cinza, vermelho, azul e os novos tons laranja e bronze – haverá também opção de teto na cor preta.
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