A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou nessa terça-feira (14) a suspensão da venda de passagens áreas com destino ou saindo do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. O aeroporto está inundado após as enchentes históricas que assolam o Rio Grande do Sul na pior tragédia climática de sua história.
A Anac lembrou que a medida foi adotada para que sejam mantidos os interesses dos usuários que teriam o aeroporto como destino ou ponto de partida. Além de não haver uma data para que as vendas de passagens para Porto Alegre sejam retomadas, a comercialização fica suspensa por todos os meios, incluindo sites e agências de viagens.
Em nota à imprensa, a Anac destacou que neste momento devem ser priorizados os passageiros que já possuíam bilhetes emitidos. Além disso, as companhias devem operar em aeroportos próximos ao local de origem ou destino dos voos.
A agência disse ainda que “como regra geral, as empresas aéreas devem identificar e priorizar o contato com passageiros que estejam com trecho de retorno pendente, seja para o Rio Grande do Sul, seja do estado para outras unidades da Federação, a fim de que definam preferencialmente suas reacomodações”.
As empresas aéreas também foram alertadas a identificar casos urgentes e relevantes para fins de priorização do transporte.
Na noite de terça-feira (14), a concessionária Fraport Brasil, que administra o aeroporto, publicou uma nota à imprensa desmentindo a informação de que teria pedido ou pedirá a interdição do aeroporto até setembro. A empresa afirmou que o prazo do Notice to Airman (Aviso aos Aeronavegantes) segue válido até o dia 30 de maio, conforme previsto em divulgação no último dia 6.
A concessionária informou, ainda, que "as operações no Porto Alegre Airport seguem suspensas por tempo indeterminado". "No momento, não temos uma estimativa dos danos causados pela enchente. Após as águas baixarem, teremos condições de avaliar em detalhes os impactos na infraestrutura aeroportuária”, explicou em nota.
A empresa complementou afirmando que está trabalhando para viabilizar voos comerciais para passageiros e cargas em menor escala a partir da Base Aérea de Canoas e que, no momento, "recebeu a autorização para operar cinco voos diários".
Plano de aviação emergencial terá até 116 voos semanais
O Ministério de Portos e Aeroportos avalia que os danos ao aeroporto e estrutura de apoio só poderão ser medidos assim que toda a água baixar.
Em uma reunião na segunda-feira (13) com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo leite (PSDB), e com o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), o ministro Silvio Costa Filho apresentou parte da primeira fase do plano de aviação emergencial na região, com até 116 voos semanais.
"Nesse primeiro momento, serão disponibilizados 17 mil assentos para todo o estado, com a expectativa de ampliação para mais da metade do total atual em 15 dias, conforme a normalização em Canoas permita a expansão da malha aérea", disse o ministro na ocasião.
Costa Filho reforçou ainda ao governador do Rio Grande do Sul e ao prefeito de Porto Alegre que os danos reais causados pelas intensas chuvas no Aeroporto de Porto Alegre "só poderão ser adequadamente avaliados após a redução do nível das águas, quando as equipes terão condições de inspecionar as áreas afetadas".
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