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Ponte MA TO
Cerca de 250 kg de explosivos foram utilizados na implosão do que restou da ponte na BR-266 entre Maranhão e Tocantins.| Foto: Divulgação / Dnit

A estrutura que restou da ponte Juscelino Kubitscheck de Oliveira na rodovia BR-266, na divisa entre Maranhão e Tocantins, foi implodida neste domingo (2). A operação foi realizada por técnicos e monitorada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A ponte cedeu no fim de dezembro, e deixou mortos e feridos, além de potenciais danos ambientais provocados pela queda de caminhões carregados de ácido sulfúrico e agrotóxicos no Rio Tocantins, que divide os dois estados.

Para demolir o que sobrou da ponte foram utilizados 250 kg de explosivos. De acordo com o Dnit, o nome da técnica utilizada é “fogo controlado”. Durante o processo são utilizados calor intenso e explosivos estrategicamente colocados na estrutura para permitir a fragmentação da ponte que caiu.

Técnicos criaram área de segurança ao redor do que restou da ponte

Antes da implosão em si foram realizadas diversas atividades e visitas cautelares nas residências construídas dentro do perímetro de segurança que foi estabelecido para a implosão da ponte. Do lado da cidade de Estreito, no Maranhão, e do lado de Aguiarnópolis, em Tocantins, foram estabelecidos mais de 2 km de área de segurança ao redor das cabeceiras da estrutura.

Os imóveis foram evacuados e o tráfego de veículos foi suspenso dentro da área de segurança. Além de carros, motos e caminhões, a suspensão se aplicou aos barcos no Rio Tocantins. Além de agentes do Dnit, participaram da ação a Polícia Rodoviária Federal, Marinha do Brasil, Defesa Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e as prefeituras de ambos os municípios.

Técnicos da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) colaboraram no planejamento da ação, assim como as concessionárias responsáveis pelas ferrovias próximas à ponte. Ao Dnit, coube o monitoramento da instalação dos explosivos e, finalmente, da implosão.

Cumprida esta etapa, o próximo passo é limpar os destroços e deixar a área pronta para receber as obras de reconstrução. “O prazo previsto para conclusão da ponte é dezembro de 2025, para que a gente possa retomar a trafegabilidade desse importante corredor para o país”, confirmou o diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, Fábio Nunes.

Estrutura foi construída para ligar Brasília ao restante do país

A estrutura, de acordo com o ministro Renan Filho, foi construída em 1964 e a obra foi reconhecida com um prêmio internacional de engenharia por ter superado o maior vão livre entre as pontes no Brasil naquela época. O objetivo, porém, era outro.

“Ela não foi construída para escoar produção, ela foi construída para integração nacional. O país tinha tomado a decisão, recentemente, de transferir a capital do Rio de Janeiro para Brasília. E para conectar Brasília ao resto do Brasil foi preciso construir estradas. Naquele momento, na divisa de Maranhão e Tocantins não havia sequer produção, era mata”, explicou o ministro.

Desde então, explicou Renan Filho, a região conhecida como Matopiba – junção das siglas dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – se tornou uma das mais produtivas do mundo. A ponte, que antes servia apenas para ligar Brasília ao restante do Brasil, passou a ser uma das vias mais importantes no escoamento da safra na região. “A ponte, não dimensionada, no momento em que recebeu [ao mesmo tempo] três caminhões com grande peso, ruiu”, comentou o ministro.

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