Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), o caça A-29 Super Tucano, interceptou com tiros um avião que sobrevoava Terra Indígena Yanomami, a cerca de 110km a oeste de Boa Vista, capital de Roraima. A imagem da interceptação aparece em um vídeo divulgado pela FAB nas redes sociais. Desde o início do ano passado, o espaço aéreo no local está fechado, por decreto.
Segundo a FAB, o avião passou a ser monitorado pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) e pela PF, por estar descumprindo as regras do ZIDA, conforme previsto no Decreto de 30 de janeiro de 2023. “A aeronave foi classificada como suspeita e o piloto de defesa aérea seguiu o protocolo das Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA)”, diz a FAB.
O Tiro de Aviso (TAV) foi efetuado pela defesa aérea, após descumprimento das ordens do piloto da FAB.
“A aeronave fez um pouso em uma pista de terra. Um helicóptero da FAB, o H-60 Black Hawk, também foi empregado para o transporte de militares do Grupamento de Segurança e Defesa da Base Aérea de Boa Vista (GSD-BV) e de Agentes da PF. Posteriormente à realização das Medidas de Controle de Solo (MCS), a Polícia Federal realizou a apreensão da aeronave. O piloto evadiu-se do local após o pouso.”, explica a FAB.
A Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA) no espaço aéreo da região norte do país foi implantada em fevereiro do ano passado. A medida teve por finalidade incrementar a capacidade de Defesa Aérea em uma área que compreende a Terra Indígena Yanomami e adjacências, contribuindo para o combate ao garimpo ilegal em Roraima (RR).
De acordo com o dispositivo, a ZIDA é composta por: uma área reservada (Área Branca); uma área restrita (Área Amarela); e uma área proibida (Área Vermelha), cabendo ao Comando da Aeronáutica a adoção das Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA) contra todos os tipos de tráfego aéreo suspeitos, conforme previsto no Código Brasileiro de Aeronáutica.
O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) é o responsável pelo planejamento, coordenação e execução das Ações de Força Aérea voltadas para a Tarefa de Controle Aeroespacial, conduzindo os meios aéreos necessários para identificação, coerção ou detenção dos tráfegos voando no Território Nacional. Com informações da Agência Força Aérea.
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