O cantor sertanejo Gusttavo Lima cancelou um show que faria na próxima quinta-feira (2) em Petrolândia, no sertão de Pernambuco, e voltou para os Estados Unidos (EUA) para ficar com a sua família. O cantor havia sido contratado pela prefeitura de Petrolândia pelo valor de R$ 1,1 milhão.
A informação foi confirmada pela assessoria do artista ao jornal O Globo, nesta segunda-feira (30).
Gusttavo realizou dois shows no Pará neste fim de semana, nas cidades de Marabá e Parauapebas. O artista ainda tem show marcado na próxima sexta-feira (4), em Maringá, no Paraná.
No domingo (29), o programa Fantástico, da Rede Globo, revelou que a Polícia Federal (PF) indiciou Gusttavo Lima por lavagem de dinheiro e organização criminosa no âmbito do inquérito que apura a atuação em jogos ilegais
De acordo com a reportagem do Fantástico, o indiciamento do sertanejo ocorreu no dia 15 de setembro.
A investigação aponta que Gusttavo virou sócio da casa de apostas Vai de Bet em julho de 2024. A empresa está entre as bets citadas na Operação Integration.
Gusttavo Lima detém 25% de participação na empresa, mas a polícia suspeita que ele era sócio bem antes disso.
Agora, cabe ao Ministério Público (MP) decidir se irá denunciar ou não Gusttavo Lima à Justiça.
Gusttavo chegou a ter prisão decretada
O cantor chegou a ser alvo de um mandado de prisão emitido pela juíza Andrea Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE), no dia 23 de setembro.
Na mesma decisão, a juíza determinou que a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) fosse notificada sobre o mandado de prisão contra Gusttavo, que estava em Miami, nos Estados Unidos, na ocasião.
Um dia depois, o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), revogou a ordem de prisão preventiva contra o cantor.
Entenda o caso
A juíza Andrea Calado da Cruz, do TJPE, determinou a prisão de Gusttavo Lima no âmbito da mesma operação que resultou na prisão da advogada e influenciadora, Deolane Bezerra.
De acordo com a decisão, Gusttavo Lima é acusado de ter dado “guarida a foragidos”.
A polícia investiga se o cantor ajudou na fuga de José André Neto, dono da casa de apostas “Vai de Bet”, e de Aislla Sabrina Rocha, esposa e sócia de Neto.
No início de setembro, o casal viajou para a Grécia com o cantor. O mesmo voo também levou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado.
A aeronave que levou Gusttavo Lima, Caiado e o casal investigado pela polícia pertencia à empresa Balada Eventos e Produções, que organiza os shows do cantor sertanejo.
Caiado viajou a convite de Gusttavo para passar férias na Grécia. O governador ficou hospedado em um iate de Luxo alugado pelo cantor.
Após a repercussão do caso, Caiado informou que o casal investigado não retornou para o Brasil com o grupo.
Deolane cumpre prisão domiciliar
Na segunda-feira (23), a Justiça de Pernambuco mandou soltar a influenciadora Deolane Bezerra e outras 17 pessoas presas durante a Operação Integration.
A decisão foi assinada pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Eduardo Guilliod Maranhão, que analisou um habeas corpus impetrado pela defesa de Darwin Henrique Filho, dono da Esportes da Sorte, uma das empresas alvo da operação.
Na decisão, o desembargador citou que o Ministério Público de Pernambuco ainda não ofereceu denúncia contra os envolvidos, além disso, o órgão devolveu o inquérito à Polícia Civil para a realização de mais diligências.
No último dia 9, a Justiça havia determinado a soltura de Deolane, que deveria ficar em prisão domiciliar e usar tornozeleira eletrônica, desde que cumprisse medidas cautelares.
Menos de 24 horas depois, a influenciadora e advogada voltou a ser presa por descumprir as ordens judiciais.
Agora, Deolane e os demais investigados deverão cumprir uma série de medidas cautelares, sob risco de voltarem para a prisão.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião