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Enchentes no Rio Grande do Sul
Rombo na arrecadação pode variar de R$ 6 bilhões a R$ 10 bilhões, segundo Leite| Foto: Daniel Marenco / EFE

O governo do Rio Grande do Sul vai apresentar, na próxima sexta-feira (7), mais detalhes sobre o plano de construção de moradias provisórias e definitivas para os desabrigados pelas cheias no estado. O anúncio vem na esteira de mais uma visita do governador Eduardo Leite (PSDB) a Brasília e do presidente Lula (PT) ao Rio Grande do Sul.

Na cidade de Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari, Lula reclamou da burocracia e voltou a se comprometer com a construção de novas moradias para as famílias atingidas pelas enchentes. “Tudo é muito difícil, muito complicado. Precisamos dar uma resposta imediata a esse povo que precisa. Nós estamos trabalhando muito e temos que vencer a burocracia”, afirmou o presidente.

De acordo com Lula, é preciso que as novas construções sejam feitas em locais menos sujeitos a alagamentos. Nas palavras do presidente, “está provado que esse lugar é um lugar reservado para a água”, o que inviabilizaria a reconstrução de casas, unidades de saúde e escolas nos mesmos locais onde estavam antes das cheias.

“Tem que achar o terreno, depois a área tem que ser preparada, tem que fazer arruamento. Então, não tem como fazer em uma semana. O nosso compromisso é dar de volta a vocês o direito de viver dignamente, não dá para largar vocês em um barraco, tem que fazer a coisa bonitinha”, disse aos moradores.

Eduardo Leite quer alavancar a arrecadação nas cidades durante reconstrução do RS

No retorno de Brasília, o governador do Rio Grande do Sul trouxe uma série de compromissos firmados com a União para garantir a manutenção de empregos e a recomposição de receitas no estado. Entre os pedidos apresentados por Eduardo Leite a Lula e aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estão duas medidas consideradas prioritárias.

A primeira trata da criação de um programa emergencial de apoio às empresas para a quitação das folhas de pagamento. A segunda aborda medidas que podem ser tomadas para alavancar a arrecadação nas cidades mais atingidas pelo desastre.

“O governo e as prefeituras vão sofrer uma queda muito forte da arrecadação, o que prejudicará a prestação de serviços à população. Estamos falando de algo entre R$ 6 bilhões e R$ 10 bilhões até o final deste ano. Temos dialogado e trabalhado em conjunto com a União e os municípios para dar a resposta que o povo gaúcho merece. Confiamos que essas demandas, cruciais para o atendimento da população e manutenção de empregos, deverão receber a devida atenção do governo e do Congresso”, afirmou Leite.

Minha Casa Minha Vida vai permitir compra de imóveis usados

Uma das mudanças que foram confirmadas pelo governo federal foi a possibilidade de compra de imóveis já construídos, novos ou usados, pelo programa Minha Casa Minha Vida – até então a modalidade era aplicável apenas a imóveis em construção. A novidade é destinada a famílias com renda de até R$ 4,4 mil mensais.

A portaria que autoriza a nova forma de contratação foi assinada pelo ministro das Cidades, Jáder Filho, e publicada em uma edição extraordinária do Diário Oficial da União desta quinta-feira (6). O teto para aquisição desses imóveis será de R$ 200 mil, e as unidades disponíveis para venda deverão ser cadastradas no site do programa a partir do próximo sábado (8).

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