Uma "microexplosão" às 22h30 de sábado (15), causada por uma frente fria estacionária se encontrando com umidade vindo do norte, destelhou 1200 casas, quatro escolas, dois postos de saúde, prédios públicos e lojas na cidade de São Luiz Gonzaga, no noroeste do Rio Grande do Sul. As informações são da prefeitura e da Defesa Civil do estado.
A intensa instabilidade com microexplosão pode acontecer quando uma nuvem de tempestade "desaba" por excesso de concentração de água em seu interior. O colapso vem na forma de uma corrente de vento vertical.
Em 2023, Maringá, no norte do Paraná, passou por uma microexplosão com ventos verticais com velocidade de 110 km/h, segundo a Estação Meteorológicada UEM. Esses ventos, acompanhados de muita água, podem chegar a 150 km/h.
Analisando imagens aéreas, a Sala de Situação da Defesa Civil gaúcha concluiu que este é o fenômeno mais consistente com o estrago observado.
São Luiz Gonzaga, com 33 mil habitantes, fica na região das Missões, parte da histórica "República Guarani", com áreas do RS, Paraná, Paraguai, Argentina e Uruguai.
O prefeito, Sidney Brondani (PP), disse em entrevista à RBS TV que 15 mil pessoas foram afetadas. Uma pessoa que tentou proteger sua casa com uma lona ficou ferida. Árvores foram derrubadas. O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) calculou quase 15 milímetros de chuva durante o temporal. O município decretou situlação de emergência.
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