A Polícia Federal prendeu duas pessoas suspeitas de incendiarem uma vasta área rural federal no estado do Acre que, diz, estava “completamente devastada pelo uso recente de fogo”. As prisões ocorreram na segunda (30) e foram divulgadas na manhã desta terça (1º).
Segundo a autoridade, a operação Smoke foi declagrada para combater crimes de desmatamento, impedimento de renegeração e provocação de incêndio. Pelo menos 950 hectares foram destruídos pelas chamas.
Além das prisões, a PF cumpriu seis mandados de busca e apreensão, que envolveram 1,1 mil cabeças de gado, um veículo automotor, duas armas de fogo entre outros itens.
“As medidas visam não apenas identificar os responsáveis e financiadores dos ilícitos ambientais, mas também prevenir que novas ações criminosas sejam perpetradas na região amazônica”, disse a PF em nota.
Ainda segundo a corporação, a operação faz parte das ações do Plano Nacional de Prevenção e Combate ao Desmatamento e Queimadas contra “ilícitos praticados na Amazônia”.
“As ações conjuntas realizadas entre a Polícia Federal, outras forças policiais e órgãos ambientais são fundamentais para garantir a preservação do Bioma Amazônico e assegurar a responsabilização dos envolvidos nos desmates e queimadas ilegais”, apontou.
Apenas no mês de setembro, o país registrou 83,1 mil focos de incêndio, com destaque para o Mato Grosso, com 19,9 mil. O Pará vem na sequência com 17,4 mil focos.
O número de focos registrados em setembro foi o maior desde 2010, quando o país registrou 109.030 focos de incêndio. Na segunda-feira (30), último dia do mês de setembro de 2024, o sistema do Inpe registrou 966 focos de incêndio.
Se comparado com o mesmo período do ano passado, o mês de setembro de 2024 registrou um aumento de 78,7% no número de focos de incêndio. Em setembro de 2023 foram registrados 46.498 pontos de fogo.
Geralmente, o mês de setembro costuma ser o período do ano em que são registrados os maiores índices de focos de incêndio. O número costuma se manter alto no mês de outubro.
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