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Fuga de Mossoró

PF cumpre mandados contra suspeitos de ajudarem fugitivos da penitenciária federal do RN

Penitenciária Federal
Operação cumpre 23 mandados de prisão temporária e preventiva contra suspeitos de ligação com fuga de Mossoró. (Foto: divulgação/Senappen)

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A Polícia Federal cumpre 23 mandados de prisão preventiva e temporária nesta terça (11) contra suspeitos de terem ajudado na fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) em fevereiro do ano passado. A Operação Red Dots é realizada no estado e também no Ceará e no Rio de Janeiro.

De acordo com as investigações, os dois fugitivos eram ligados ao Comando Vermelho, no Rio de Janeiro, e tentariam fugir do país. As buscas duraram 50 dias e terminaram com a prisão deles em Marabá (PA), a quase 1,6 mil quilômetros de distância de Mossoró.

“As investigações tiveram início com a identificação de membros da facção que teriam prestado apoio após a fuga de dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró, em fevereiro de 2024. Naquela ocasião, os levantamentos obtidos apontaram para a prática de outros crimes, demandando a instauração de inquérito policial com o propósito específico de mapear os integrantes da facção com atuação no Rio Grande do Norte”, disse a PF em nota sobre a operação desta terça (11).

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Além dos 23 mandados de prisão preventiva e temporária, também são cumpridos 31 de busca e apreensão e o bloqueio de 32 contas bancárias para o congelamento de até R$ 22,5 milhões em patrimônio dos investigados. Ao todo, as ordens judiciais são executadas nas cidades potiguares de Natal, Mossoró, Baraúna, Assu e Pedro Avelino, além do município cearense de Aquiraz e na capital fluminense.

A fuga da Penitenciária Federal de Mossoró, considerada uma unidade de segurança máxima, foi a primeira do sistema que busca isolar líderes e principais integrantes de facções criminosas. Deibson Nascimento e Rogério Mendonça escaparam por um buraco feito atrás de uma luminária na estrutura da cela na madrugada do dia 14 de fevereiro de 2024.

Eles ainda conseguiram atravessar o pátio da unidade e cortaram duas cercas de arame utilizando ferramentas de uma obra que era realizada na área. Desde então, as operações de busca se concentraram nas áreas entre as cidades vizinhas de Mossoró e Baraúna.

A autorização para o uso da Força Nacional nas buscas foi concedida em 19 de fevereiro pelo ministro Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança Pública. Um contingente de 100 homens e 20 viaturas foi deslocado para Mossoró para auxiliar nas operações.

As operações de busca mobilizaram helicópteros, drones, cães farejadores e outros equipamentos tecnológicos avançados, além de mais de 500 agentes posteriormente, incluindo efetivo da Força Nacional e equipes especiais da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.

Durante a fuga, os fugitivos invadiram três residências e fizeram uma família refém. Segundo investigações da Polícia Federal, o Comando Vermelho, a que eles pertenciam, pode ter ajudado a financiar a fuga, pagando R$ 5 mil ao proprietário de uma fazenda para que auxiliasse na ocultação dos foragidos em sua propriedade.

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Após 50 dias, Deibson e Rogério foram presos na BR-222, que corta o estado do Pará, quando tentavam fugir do país através do estado. Eles estavam em um comboio interceptado próximo a uma ponte que atravessa o Rio Tocantins. Ao todo, seis pessoas foram presas.

As equipes policiais apreenderam com o grupo oito telefones celulares, um fuzil, munições, dinheiro em espécie, cartão de crédito e outros objetos. Também foram encontrados alimentos, água e roupas nos veículos.

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