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Obras de reparação na pista de pousos e decolagens do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, serão divididas em duas etapas.
Obras de reparação na pista de pousos e decolagens do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, serão divididas em duas etapas.| Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Após a retomada das operações de embarque e desembarque no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, confirmou a reabertura do terminal para outubro. O anúncio foi feito em uma entrevista coletiva concedida pelo ministro em Brasília nesta terça-feira (16).

“O que ficou estabelecido é que no mês de outubro nós iremos reabrir parcialmente o aeroporto Salgado Filho com 50 voos diários, o que equivale a 350 voos semanais. Essa será a primeira etapa da reabertura do aeroporto”, prometeu o ministro.

Os voos, interrompidos no aeroporto em 3 de maio, continuam chegando e saindo da Base Aérea de Canoas, a 10 quilômetros de distância. Segundo Costa Filho, as operações devem ser plenamente retomadas no Salgado Filho a partir de dezembro de 2024.

Laudo vai definir intervenções a serem feitas no aeroporto

A volta dos passageiros ao aeroporto atingido pelas cheias ocorre na semana em que a Fraport, concessionária que administra o terminal, deve receber o laudo completo das análises do solo da pista de pouso e decolagem. É esse documento que a empresa aguarda para confirmar quais intervenções terão de ser feitas antes da reabertura completa do terminal.

Informes preliminares dão conta de que parte da pista precisará ser reconstruída no aeroporto de Porto Alegre, como inicialmente previsto pela empresa. A expectativa, nesse caso, é de que as obras necessárias seguiriam até o fim deste ano, impossibilitando a reabertura até outubro, como o governo federal e o governo do Rio Grande do Sul vêm divulgando e cobrando da Fraport.

Liberação será feita após definição de obras em duas etapas

Para garantir a liberação dentro do prazo estipulado pelo poder público, a Fraport dividiu as obras de reconstrução da pista em duas etapas. A primeira prevê o serviço nos 1,7km iniciais da pista, que não foram atingidos de forma severa pelas cheias. Isso permitiria a reabertura em outubro.

Inicialmente, os pousos e decolagens estão previstos para o período entre 10h e 22h, informou o ministro. Os cerca de 3,2 km totais da pista teriam a obra de reparo totalmente concluída em dezembro, o que deve liberar o terminal para a operação plena, sem restrições de aeronaves.

As operações de voos internacionais não serão retomadas durante a fase de funcionamento parcial que começará em outubro, segundo informou a CEO da Fraport no Brasil, Andreea Pal. Voos domésticos de passageiros e de cargas serão retomados de acordo com a demanda das próprias companhias aéreas, observou a empresária.

Empresa teria pedido R$ 700 milhões como "reequilíbrio financeiro" no contrato de concessão

Além da reabertura para voos, o ministro de Portos e Aeroportos revelou que os executivos da Fraport falaram da necessidade de um "reequilíbrio" financeiro contratual para a empresa, que poderá sair dos cofres públicos. O valor total seria de R$ 700 milhões, parte dos quais deve ser coberto pelas seguradoras contratadas pela concessionária.

Amanda Pal confirmou o pedido de aporte financeiro para o governo, mas ponderou que valor a ser custeado pelos cofres públicos, como reequilíbrio do contrato, ainda não foi definido, e será inferior aos R$ 700 milhões apresentados.

"Esse número, cada dia vai mais baixo, porque descobrimos coisas que podem ser reparadas, compradas. E, do outro lado, a discussão [com as seguradoras], que ainda caminha, então, agora são especulações. Vai ser, para o governo, muito menos que R$ 700 milhões", afirmou a CEO.

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