A cidade de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, deve demorar entre 45 a 60 dias para voltar à normalidade, estima o prefeito Jairo Jorge. Cerca de 60% do município ficou embaixo d’água com os eventos climáticos extremos que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada.
Boletim atualizado pela Defesa Civil estadual, na manhã desta terça-feira (7), informa que o número de municípios afetados chegou a 388. São 90 mortes confirmadas em decorrência das fortes chuvas, além de quatro óbitos que continuam em investigação. O órgão aponta também que há 132 pessoas desaparecidas. Mais de 48 mil pessoas estão em abrigos e o total de desalojados é de 155.741 pessoas. Há registro de 361 feridos em decorrência da tragédia.
As chuvas no Rio Grande do Sul afetaram 1.367.506 pessoas.
No município de Canoas, em boa parte das regiões, a água alcançou de quatro a cinco metros de profundidade. "Foram cerca de 180 mil pessoas atingidas com as águas de rios, como Taquari, Delta do Jacuí, Sinos e Caí, no lado Oeste, e pelo rio Gravataí, no bairro Niterói", explicou o prefeito em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (6). Canoas tem 347.657 mil moradores, segundo o Censo do IBGE.
A prefeitura declarou, também nesta segundafeira, situação de calamidade pública nível III. O decreto 176/24 permite que moradores atingidos pelas enchentes consigam sacar FGTS pelos atingidos.
Canoas registra dois óbitos em decorrência das enchentes, segundo o Instituto Geral de Perícias e pela Brigada Militar. Cerca de 17 mil pessoas tiveram que deixar suas casas e foram acolhidas em 59 abrigos. Há ainda cerca de mil animais de estimação que foram resgatados das enchentes sob a guarda da prefeitura, espalhados em 11 locais.
Foram afetadas pelas chuvas 27 unidades de saúde, o Hospital de Pronto Socorro (HPS), três unidades de pronto-atendimento, quatro Centros de Assistência Psicossocial (Caps), 23 escolas de Ensino Fundamental e 18 de Educação Infantil, além de um Centro de Atendimento e Educação Inclusiva (Ceia). As demais instituições de ensino servem de abrigo para famílias acolhidas.
Já em relação ao abastecimento de água, a prefeitura pretende retomar as operações na estação de tratamento de água no bairro Niterói, o que deve viabilizar a volta do abastecimento de 80% da cidade. Ainda serão abertos poços artesianos e cisternas em locais estratégicos para atender a população. O município conta com 38 caminhões-pipa à disposição para atendimento à comunidade. Locais como abrigos, hospitais e bairros, sem abastecimento, recebem a atenção desses veículos.
Como ajudar
As doações para os atingidos pelas cheias poderão ser entregues na Central de Doações, localizada na Cassol Centerlar, na Avenida Farroupilha, 5775, no bairro Marechal Rondon. Também será aberta uma Central de Entregas, em endereço a ser confirmado.
A prefeitura divulgou a chave Pix sos@canoas.rs.gov.br para arrecadar recursos para fornecer abrigo, alimentos, roupas e outros itens essenciais aos desabrigados. Tem ainda uma chave Pix voltada à causa animal, para custear cuidados veterinários, alimentação e demais assistências: sosanimais@canoas.rs.gov.br.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião