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VISUAIS

Artistas estreantes investigam objetos na Caixa Cultural

Exposição traz novos nomes brasileiros que subvertem senso comum sobre a matéria

A almofada não é fofa na obra em cerâmica de Eduardo Freitas. | /
A almofada não é fofa na obra em cerâmica de Eduardo Freitas. (Foto: /)

Essa é uma exposição à qual não se vai pelo nome do artista, e sim para conhecer novas propostas que um dia poderão ficar conhecidas. A Bienal Novos Artistas, que abre na Caixa Cultural nesta terça-feira (20), traz obras de 24 criadores que nunca realizaram uma mostra individual de trabalhos.

Do Paraná, apenas Eduardo Luiz de Freitas, de Castro, apresenta um trabalho. A série de esculturas “Assentos para Sólidos Moles” brinca com a ideia de resistência dos materiais e dos objetos: sobre almofadas de cerâmica repousam pedras maleáveis de silicone.

Apesar de não ser permitido tocar as obras, visualmente é possível constatar a contradição entre os materiais e a realidade. “A própria faculdade [Belas Artes] possibilitou o contato com uma grande quantidade de materiais, e essa vastidão é que chamou minha atenção para as possibilidades da matéria”, contou o artista à reportagem.

Claudia Elias tirou várias fotos de si mesma em outros países. |

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Claudia Elias tirou várias fotos de si mesma em outros países.

Maíra Fukimoto usa nanquim para simular formações naturais |

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Maíra Fukimoto usa nanquim para simular formações naturais

Claudia Elias tirou várias fotos de si mesma em outros países. |

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Claudia Elias tirou várias fotos de si mesma em outros países.

A almofada não é fofa na obra em cerâmica de Eduardo Freitas. |

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A almofada não é fofa na obra em cerâmica de Eduardo Freitas.

Maíra Fukimoto usa nanquim para simular formações naturais |

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Maíra Fukimoto usa nanquim para simular formações naturais

No geral, o tema da exposição passa por essa subversão do esperado, como é bem explícito nas ilustrações de Rodrigo Moreira (SP): ele coloca ao lado de desenhos botânicos a descrição em texto de crimes.

A ausência de outros paranaenses é explicada pela curadoria: “Os artistas daqui em geral têm a ideia de que artistas novos são aqueles ainda vinculados à faculdade, mas a única exigência era nunca ter realizado exposição individual”, disse à Gazeta do Povo Rosemeire Odahara Graça.

Além de obras bi e tridimensionais, a mostra traz vídeos que, na opinião de Rosemeire, se afastam da tradicional videoarte, com muita experimentação. Filipe Acácio, do Ceará, enfrenta a força das águas que jorram de comportas abertas em uma represa, numa relação chocante entre a natureza e a resistência do corpo.

Nas fotografias de Simone Cupello, do Rio de Janeiro, um casulo da altura dela (1,62m) é feito do verso de fotografias, compradas de catadores de lixo ou herdadas de amigos. Sem ver as imagens, o visitante enxerga apenas as dedicatórias e anotações de época, além de marcas deixadas por álbuns.

Já as imagens de Claudia Elias, também do Rio, retratam ela mesma, mas sem mostrar o rosto, em locais não tão nobres fora do país. E nos desenhos em nanquim de Maíra Yuri Fukimoto de Oliveira, de São Paulo, a forma clássica é retomada para representar objetos da natureza.

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