No século que se passou desde que o autor escocês J.M. Barrie criou Peter Pan, primeiro para uma peça de teatro e depois para um livro, o universo da Terra do Nunca já inspirou livros, filmes, séries de televisão, peças, videogames e até uma síndrome psicológica que descreve homens emocionalmente imaturos.
Na mais nova versão da história clássica envolvendo Sininho, Capitão Gancho e a família Darling, o foco é a origem do menino que ficou famoso por nunca crescer.
“Peter Pan”, do estúdio Warner Bros e com estreia nesta quinta-feira (8), imagina o início da história de Peter: como ele chegou à Terra do Nunca e aprendeu a voar.
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“Acho que Peter Pan adquiriu vida própria, da mesma maneira que Sherlock Holmes”, disse o diretor Joe Wright, referindo-se ao detetive e fenômeno literário criado pelo britânico Arthur Conan Doyle.
“Peter tem uma coragem e uma alegria incríveis, então acho que isso nos lembra da infância de uma forma honesta e bonita. Não surpreende que Barrie estivesse escrevendo na mesma época de Freud. Sua história, de certa maneira, é profundamente precisa e afiada psicologicamente”, disse Wright.
Para ele, o apelo de Peter Pan tem pouco a ver com uma relutância em crescer – um complexo encarnado por Michael Jackson e seu rancho Neverland (Terra do Nunca) na Califórnia, que tinha um carrossel, animais e referências a Peter Pan.
“Eu sempre quis crescer. Odiava a infância. Achei esse período da vida muito difícil. Fui assediado e me sentia bastante assustado boa parte do tempo. Peter Pan oferecia uma fuga de tudo isso”, afirmou.
O tema de “Pan” é um garoto com uma imaginação poderosa que procura a mãe que o abandonou após o parto pouco antes da Segunda Guerra Mundial. Ele descobre sua identidade e ganha confiança ao longo da jornada.
O novato Levi Miller interpreta o jovem Peter; Hugh Jackman vive o maldoso pirata Barba Negra, Garrett Hedlund assume o papel do (a princípio) amigável James Hook e Rooney Mara surge como a polêmica princesa guerreira Tigrinha.
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