
Fazer previsões até o fim da década não é lá uma tarefa muito fácil, mas uma certeza é incontornável: até 2019, você ainda vai ver muitos filmes de super-herói por aí, mesmo que não faça questão de assisti-los.
Com o lançamento de “Homem-Formiga”, a gigante Marvel finalizou a Fase 2 de um processo que atende por Universo Marvel Cinematográfico, ou UCM. Essa etapa, representada por seis filmes, dá sequência àquilo que “Homem de Ferro 3” iniciou em 2013, e já ultrapassa o lucro da Fase 1, também composta por seis produções, igualmente iniciada pelo herói de Robert Downey Jr.
Quando “Homem de Ferro” chegou às telas em 2008, a Marvel Studios começou a receber dinheiro como jamais na história de suas adaptações hollywoodianas. Não porque os “X Men” e “Homem-Aranha” antecedentes tivessem sido fracassos de bilheteria, pelo contrário. Era apenas uma questão contratual.
Acontece que a companhia não produzia nem distribuía os filmes de seus personagens por conta própria, o que, além de restringir seu lucro aos direitos de uso, limitava o poder de interferência da própria marca. Para se ter um parâmetro mais preciso, pensemos que, dos mais de US$ 1,5 bilhão gerados nos dois primeiros “Homem-Aranha”, a empresa dos quadrinhos ficou com aproximadamente US$ 62 milhões, segundo o NY Times.
As coisas mudaram em 2005, quando a Marvel passou a bancar as películas, ao invés de vendê-las à Columbia ou à Fox, por exemplo. Kevin Feige, presidente da corporação, idealizava um universo que, afora o lucro ridículo, pudesse misturar heróis entre filmes qual os próprios quadrinhos. Ainda que não pudessem reutilizar os X-Men e o Homem-Aranha com independência, várias de suas criações, como os Vingadores, não estavam amarradas a nenhuma outra produtora.
Dez anos e doze longas-metragens depois, o UCM é a série de filmes que mais gerou dinheiro na história. Mais que os oito “Harry Potter” e os sete “Star Wars”, respectivamente segundo e terceiro lugar.
Se a Fase 3 ainda nem começou, a Marvel não perde tempo no que tange a ocupar diferentes mídias. Desde 2013, seu UCM também toma lugar na televisão, outro suporte de grandes narrativas – e narrativas grandes. Enquanto os seriados “Agentes da S.H.I.E.L.D.”, “Agent Carter” e “Demolidor” já ocupam telas de canais distintos, há pelo menos mais quatro séries confirmadas pela companhia, todas situadas no mesmo universo dos filmes.



