Não era tarde demais para Lobão pedir perdão. A carta aberta publicada em sua página no Facebook no domingo (28) pode não ter sensibilizado Chico Buarque ou Caetano Veloso, que ainda não se manifestaram sobre o assunto, mas colou com Gilberto Gil.
O baiano ainda não leu o “humilde pedido de perdão” do colega artista, mas soube do gesto através de sua repercussão e o aprovou.
“Recebi suas declarações com leveza: leve alegria no coração, leve sorriso nos lábios, leves lágrimas nos olhos. Elas correspondem ao padrão mental dos inteligentes, ao padrão sentimental dos de bom coração em que, quase sempre, prevalece o bom senso”, declarou Gil. “Da próxima vez que cruzar com ele já posso lhe dar um beijo sem constrangimentos.”
Lobão baixou as armas ainda no sábado (26), ao assistir a Gil e Caetano no programa “Altas Horas” (Globo), que lhe despertou “carinho e amor” pela dupla. Inspirado, redigiu a carta, na qual admite ter sido “desonesto ao diminuir o talento” deles.
Ele apontou “birra, competição, autoafirmação ou até, vá lá, uma discordância genuína quanto a princípios ideológicos, políticos e metodológicos” como as causas das constantes rusgas entre os músicos. Lobão é crítico usual do governo petista, enquanto Gil, Caetano e Chico, em diferentes momentos, já apoiaram o partido.
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