Num momento em que a política nacional está na boca do povo, é de se esperar que um show do Teatro Mágico, trupe conhecida por sua postura crítica, traga comentários ainda mais fervorosos. E é o que dá a entender o vocalista Fernando Anitelli a respeito da apresentação que faz em Curitiba nesta quarta-feira, (4), no Teatro Positivo. Ele conversou com a Gazeta do Povo por e-mail.
O show comemora os 12 anos da trupe, que se consolidou com encenações que mesclam a música a números circenses.
PROGRAME-SE
Teatro Positivo – Grande Auditório (R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300), (41) 3317-3283. Dia 4 às 21h. Ingressos variam de R$ 56 a R$ 226, de acordo com o setor. Classificação indicativa: livre.
No repertório que eles trazem a Curitiba estão canções que rememoram desde o primeiro disco, “Entrada para Raros”, até o mais recente, “Grão do Corpo” (2014).
O próximo álbum, em fase de pesquisa, é prometido para o ano que vem, com uma guinada que, de acordo com Anitelli, trará um som um pouco diferente, com intersecções com a nova MPB, a música instrumental brasileira e o rock popular.
Outras alterações recentes no grupo envolveram a chegada de novos integrantes, como o violonista Daniel Santiago, que já trabalhou ao lado de João Bosco, Hamilton de Holanda, Hermeto Pascoal e Milton Nascimento, e hoje também assina como diretor musical da trupe; além de Serginho Carvalho (contrabaixo), Rafael dos Santos (bateria), Ricardo Braga (percussão) e Guilherme Ribeiro (teclados).
Os quatro álbuns do grupo já venderam mais de três milhões de cópias, além de 450 mil DVDs com gravações de shows. Leia abaixo a conversa com o líder Fernando Anitelli:
Que características específicas marcam o próximo álbum do grupo, “Grão do Corpo”?
É o primeiro álbum após a trilogia “Teatro Mágico” e também após nosso registro ao vivo... É justamente a oportunidade de começar um novo ciclo dentro da trupe! As canções permanecem com o teor crítico, os arranjos estão mais dançantes e com outra pressão. O álbum traduz muito um período em que o país atravessava de sair às ruas indignados com a política. Era o nosso levante.
Quais as mudanças para o próximo álbum? De que forma vocês se aproximaram da música instrumental? É mais MPB ou rock?
O próximo trabalho está em processo de criação e pesquisa. Batidas, texturas, assuntos, cores e figuras... Estamos em busca de um álbum quente, solar, onde a alegria e a festa saibam caminhar com a crítica e o lúdico.
Quando será lançado exatamente?
Primeiro semestre de 2016.
O público curitibano pode esperar comentários políticos neste show?
É inevitável falarmos sobre esse momento sensível e radicalmente polarizado que o país atravessa. Continuamos a favor da vida, da liberdade, contra o preconceito cotidiano, enfim... A arte não se dissocia da política. Estamos imersos nesse universo de questionamento e provocação.
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