O presidente dos EUA, Donald Trump, revelou uma nova Estratégia de Segurança Nacional que coloca a América Latina como foco central da política externa americana. A medida, vista como uma atualização da "Doutrina Monroe", visa combater o crime organizado, o narcotráfico, a imigração ilegal e, principalmente, a crescente influência da China na região.
Com efeito, a nova política concede aos Estados Unidos o direito de intervir em qualquer país latino-americano, inclusive com o uso da força, se forem identificadas ameaças à segurança americana. Ou seja, analistas alertam que a recusa do Brasil em classificar facções criminosas como PCC e Comando Vermelho como grupos terroristas pode ser interpretada pelos EUA como justificativa para ações em território nacional.
No entanto, as relações do governo ou de empresas brasileiras com a China em setores estratégicos, como o de minerais raros, passarão a ser avaliadas sob a ótica dos interesses americanos. Dessa forma, isso pode gerar atritos diplomáticos e comerciais entre Brasília e Washington.
Fim da sanção Magnitsky dos EUA contra Moraes causa conflitos na direita
A decisão dos EUA de suspender as sanções da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes e sua esposa gerou um conflito público entre importantes figuras da direita brasileira. Afinal, a briga começou com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) lamentando que a sociedade não tenha conseguido “construir a unidade política necessária” para enfrentar a situação.
Por outro lado, seu colega de partido, Nikolas Ferreira (PL-MG), rebateu a crítica de Eduardo. O parlamentar reagiu a postagens que responsabilizavam toda a direita, defendendo que não se deve atribuir culpabilidade generalizada por decisões internacionais. Diversos parlamentares e aliados, como Bia Kicis, também se envolveram na disputa de narrativas, com alguns pedindo união e outros aprofundando as discordâncias.
O bate-boca escalou com o envolvimento do jornalista Allan dos Santos. Allan confrontou Nikolas por ter enviado um print de sua postagem ironizando a sanção em um grupo de WhatsApp de parlamentares. O confronto resultou em uma troca de insultos pública, expondo a divisão interna entre o grupo.
Esquerda faz protestos pelo país contra PL da Dosimetria
Movimentos de esquerda realizaram manifestações em diversas cidades do país neste domingo (14) em protesto contra o Projeto de Lei (PL) da Dosimetria. A proposta pode reduzir as penas do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
As frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular convocaram os atos. Afinal, estes grupos incluem entidades como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Além disso, juntaram-se os partidos PT e PSOL. Segundo os organizadores, programaram-se manifestações em 49 cidades, incluindo todas as 27 capitais.
Com efeito, a Câmara dos Deputados aprovou o texto do PL durante a semana e agora segue para a análise do Senado. Ainda, as manifestações ocorreram em capitais como Brasília, São Paulo (na Avenida Paulista), Rio de Janeiro e outras capitais do Norte e Nordeste.
Veja os destaques do Café com a Gazeta do Povo desta segunda-feira (15)
- CARLA ZAMBELLI RENUNCIA AO MANDATO DE DEPUTADA FEDERAL;
- CÂMARA TERÁ SEMANA DECISIVA PARA RAMAGEM E EDUARDO;
- SUPLENTE ALIADO DE BOLSONARO DEVE ASSUMIR VAGA NA CÂMARA;
- MORAES ACOMPANHA GILMAR EM VOTO SOBRE FORO PRIVILEGIADO;
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