O governo dos Estados Unidos (EUA) enviou uma carta oficial ao secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, oferecendo ajuda no combate ao tráfico de drogas. No comunicado, assinado por James Sparks, do Departamento de Justiça americano, o governo Trump elogiou a atuação das forças de segurança do RJ e lamentou a morte dos quatro policiais que "tombaram no cumprimento do dever" na recente operação contra o Comando Vermelho.
Essa oferta de apoio ocorre após a administração de Cláudio Castro ter solicitado ao governo Trump que o Comando Vermelho sofra sanções e seja classificado como uma organização terrorista. no entanto, essa visão é oposta à do governo Lula, que é contra classificar as facções do narcotráfico como terroristas.
Operação no RJ matou líder do tráfico na fronteira com a Colômbia
A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou a morte de Cleiton Souza da Silva durante a Operação Contenção. O criminoso, que estava foragido e é natural do Amazonas, era um dos principais líderes responsáveis pela expansão nacional do Comando Vermelho (CV).
As investigações sobre o traficante descobriram um esquema complexo de tráfico e lavagem de dinheiro, com pagamentos de quase R$ 200 mil para empresas de fachada. Afinal, os entorpecentes chegavam ao Brasil pela tríplice fronteira (Brasil-Colômbia-Peru). Cleiton recebia as drogas, operava os pagamentos e fazia o dinheiro voltar à fronteira, dificultando o rastreamento.
O balanço final da Operação Contenção aponta que Cleiton e outros nove líderes do CV, de quatro estados diferentes, foram mortos. Ao todo, 117 civis e quatro policiais faleceram. As investigações continuam, mas a operação expôs a dimensão nacional do crime organizado.
Lula chama operação no Rio de "matança" e quer investigação federal
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta terça-feira (4) que a Operação Contenção, no Rio de Janeiro, extrapolou seu propósito e configurou uma “matança”. Além disso, o presidente manifestou a intenção do governo federal de investigar a ação que resultou em 121 mortes.
Lula afirmou que, embora o juiz tenha dado ordem de prisão, "não tinha uma ordem de matança". Também defendeu que legistas da Polícia Federal (PF) investiguem de forma independente as circunstâncias das mortes. Contudo, essa posição de desqualificação da operação vai no sentido oposto ao que vem sendo dito pelo governador do Rio, Cláudio Castro (PL), que classificou a ação como "sucesso".
Além de se opor ao governador, a fala do presidente contraria a opinião da maioria dos moradores do Rio de Janeiro. A saber, levantamento do Instituto Quaest mostrou que 64% dos moradores do estado aprovam a megaoperação. Enquanto 73% gostariam que a polícia realizasse mais ações deste tipo em comunidades e favelas.
Veja os destaques do Café com a Gazeta do Povo desta quarta-feira (05)
- ADVOGADA DE MARCINHO VP VAI SE REUNIR COM ALEXANDRE DE MORAES;
- SENADORES QUEREM OUVIR LEWANDOWSKI, MÚCIO E DIRETORES DA PF NA CPI;
- ESQUERDA ELOGIA “OPERAÇÃO SEM TIRO DISPARADO” CONTRA CV NA BAHIA;
- PT ASSUME PRESIDÊNCIA DA NOVA CPI QUE INVESTIGARÁ CRIME ORGANIZADO;
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