A escolha de novos funcionários para uma organização é um desafio para os profissionais de recursos humanos. O capital humano é um importante ativo no mundo corporativo, que contribui para o crescimento da empresa. E selecionar os profissionais com comportamento de entrega que se espera para as atribuições do cargo conta muito, além da competência técnica requerida para a vaga em questão.
Na indicação de passos para um recrutamento eficaz, a plataforma Gupy de RH, muito utilizada em processos de seleção de pessoas, indica características para o processo como: definir as atribuições do cargo e o perfil da vaga, planejamento do processo de recrutamento e seleção de pessoas, fazer uma descrição detalhada da vaga, dar atenção as características pessoais, entre outras características.
“Temos várias teorias da ciência da escolha, mas é a definição do comportamento que se espera que vai orientar toda análise do candidato. Não é só o conhecimento técnico que conta no processo de seleção”, afirma Léia Cordeiro, proprietária da LCGRH Gestão de Pessoas. “O comportamento passado prediz o comportamento futuro. Então, o primeiro passo é a empresa definir que comportamento ela quer para aquele cargo onde busca um profissional e na entrevista procurar conhecer o comportamento dele”, reforça a especialista que moderou o painel específico sobre o tema: “Ciência da escolha: como selecionar talentos de forma eficaz” durante o XVII Conparh (Congresso Paranaense de Recursos Humanos) realizado em Curitiba no último mês de abril.
Comportamento é analisado em entrevistas
Em um processo de seleção de pessoas se busca o candidato que seja mais adequado para a empresa e como explica a profissional, “dificilmente uma pessoa muda de comportamento ao longo da vida se não tiver consciência de que ela precisa desenvolver um novo comportamento e que ela esteja disposta para fazer um processo de consultoria, coach”. Por isso, é importante a análise do comportamento passado, conhecer como a pessoa agiu em situações anteriores para se ter uma resposta mais eficaz no processo de seleção.
“Se o comportamento que a pessoa já tinha é diferente do que se espera, então não vale a pena inserir na empresa. A pessoa só vai mudar se ela tiver consciência de que precisa mudar e esteja disposta. Se é uma situação em que já está dentro da organização, pode-se fazer programas de desenvolvimento. Mas se é para trazer alguém novo, deve-se buscar aquele com perfil que tem maior aderência ao que se busca”, diz Léia Cordeiro, que há mais de 43 anos atua na área de Gestão de Pessoas
“É durante a entrevista que se deve explorar o comportamento passado. A entrevista por competência não faz pergunta do futuro. O ideal é pedir para que o candidato conte como foi em determinada situação anterior, colocando outras questões e perguntas contrárias, e assim vai se confirmando o comportamento. E quem está conduzindo esse processo vai analisando. O importante é fazer todo o processo com todos os candidatos para ter a mesma base comparativa, além da base conceitual, teórica”, orienta Léia Cordeiro.
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