O arroz é um dos alimentos mais consumidos no mundo e embora seja tão popular, celíacos e pessoas com sensibilidade ao glúten têm dúvidas se o alimento é próprio para consumo ou não. Felizmente, todos os tipos de arroz são livres de glúten, bem como outros cereais. Reunimos a seguir uma lista com cereais livres de glúten e outros que você deve evitar se tiver alguma restrição alimentar; confira!
No dia a dia os brasileiros consomem em sua maioria, o arroz branco e o integral. Estes são mais populares devido ao formato de produção da monocultura. Entretanto, estima-se que existam cerca de 40 mil variações do cereal espalhadas pelo mundo. Tantas variações livres de glúten, que alegria! Mas calma … se você é celíaco ou possui sensibilidade ao glúten é preciso tomar cuidado com a contaminação cruzada. Aprenda também a como evitá-la.
O que é o glúten?
O glúten é uma proteína encontrada em inúmeros alimentos, incluindo cereais, como trigo, cevada e centeio. A proteína é popular por conferir elasticidade e consistência aos alimentos, sendo amplamente utilizado na indústria alimentícia, principalmente em produtos de panificação e industrializados, em geral.
Os alimentos sem glúten têm ganhado cada vez mais espaço nas prateleiras de supermercados e lojas de produtos naturais com uma ampla variedade de sabores e marcas para a felicidade de celíacos e pessoas com sensibilidade ao glúten.
Saiba Mais Glúten Free: guia reúne principais dúvidas sobre a dieta livre de glúten
Doença celíaca e sensibilidade ao glúten não celíaca
A doença celíaca é uma condição autoimune em que o consumo de glúten desencadeia uma resposta imunológica prejudicial ao organismo. Ao consumir glúten, as vilosidades do intestino delgado, responsáveis por absorver os nutrientes dos alimentos, são machucadas, gerando desconforto, dor e prejudicando a saúde do celíaco, uma vez que, prejudica a absorção de nutrientes. Pessoas com doença celíaca precisam seguir uma dieta rigorosa sem glúten para evitar complicações de saúde.
Já a sensibilidade ao glúten não celíaca é caracterizada por ser uma condição em que a pessoa apresenta sintomas semelhantes aos da doença celíaca, mas não há danos à mucosa intestinal nem uma resposta imunológica específica ao glúten. Seguir uma dieta que restrinja a proteína auxilia no alívio dos sintomas em indivíduos com sensibilidade ao glúten não celíaca.
Confira a lista que reúne 4 dicas para retirar o glúten de sua alimentação.
Quem precisa tirar o glúten qual a solução?
Embora a descoberta do diagnóstico possa trazer alívio para os indivíduos que sofrem dessa condição, encontrar alimentos sem glúten e principalmente seguros pode ser um desafio. Felizmente as pessoas estão se conscientizando sobre alergias e restrições alimentares.
Além disso, grandes marcas do mercado estão trazendo em seu portfólio de produtos uma variedade de opções e sabores para pessoas do grupo de sensibilidade ao glúten e celíacos. Dessa forma, hoje já é possível encontrar em grandes supermercados prateleiras destinadas a esses alimentos.
Se você é celíaco ou possui sensibilidade ao glúten, procure orientação médica e nutricional para garantir que suas refeições sejam equilibradas, garantindo os nutrientes necessários para sua alimentação e organismo.
Para garantir uma qualidade de vida e de saúde nutricional é recomendado que as pessoas com essas condições retirem o glúten de sua dieta, para obter alívio dos sintomas e no caso dos celíacos, recuperar suas vilosidades intestinais para obter uma maior absorção nutricional.
O arroz tem glúten?
Uma das dúvidas mais comuns é se o arroz é naturalmente livre de glúten. A resposta é sim! O arroz é um cereal que não possui glúten sendo amplamente consumido em todo o mundo e uma excelente opção para pessoas que precisam seguir uma dieta sem glúten.
Entretanto, é importante ficar atento aos produtos que contêm arroz em sua composição, como pães de arroz ou biscoitos de arroz. Eles podem ter sido processados em locais onde há contaminação cruzada com glúten.
É importante destacar que todos os tipos de arroz são naturalmente livres de glúten: O arroz branco, integral, basmati, selvagem e outros tipos de arroz. Portanto, o arroz é seguro para ser consumido por pessoas que seguem uma dieta sem glúten.
Fique de olho em outros grãos
É importante sempre verificar o rótulo dos alimentos. Assim como o arroz, existem outros grãos que podem ser consumidos por celíacos ou pessoas com sensibilidade ao glúten. Confira a seguir uma lista com os grãos permitidos e os que devem ser evitados por celíacos ou sensíveis à proteína.
Escolha | Evite |
Arroz (todos os tipos, incluindo arroz branco, integral, basmati, selvagem) | Trigo |
Milho | Centeio Couscous (feito de sêmola de trigo) |
Quinoa | Cevada |
Amaranto | Espelta |
Teff | Triticale (cruzamento de trigo e centeio) |
Sorgo | Farro (trigo ancestral) |
Trigo sarraceno (apesar do nome, não é uma variedade de trigo e não contém glúten) | Bulgur (trigo partido) |
Aveia certificada sem glúten | Kamut (trigo Khorasan) |
Farinha de arroz tem glúten?
Por ser elaborada a partir do arroz, a farinha de arroz é livre de glúten. Entretanto, é preciso estar atento para a possibilidade do alimento ter sido produzido em instalações compartilhadas com outros alimentos que possuem glúten. Nesses casos, é possível encontrar traços da substância, se tornando um perigo para celíacos.
Ao procurar por alimentos livres de glúten escolha marcas confiáveis que realizem testes de segurança, qualidade dos alimentos, e também, testes que detectem a presença de glúten na alimentação. Uma questão interessante para se analisar é a taxa de ppm (partes por milhão).
Para um produto ser classificado como livre de glúten ou glúten free, a regulamentação brasileira estabelecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) obriga as indústrias a realizarem de testes laboratoriais para verificar a taxa de ppm que irá definir as classificações alimentares do produto.
Se o alimento contém menos de 20 ppm, ele poderá receber a rotulagem “sem glúten”, caso tenha menos de 10 ppm, poderá receber a rotulagem “zero glúten".
Muito embora o valor de partes por milhão (ppm) geralmente não aparece diretamente no rótulo dos alimentos. O consumidor tem o direito de entrar em contato com a indústria e solicitar o conhecimento da taxa via SAC. Indústrias como a Tainá Alimentos trabalham com uma taxa de produção limite de 5ppm, garantindo a segurança alimentar para celíacos. Caso encontre um produto interessante de uma marca que desperte sua curiosidade, não tenha receio e pergunte o ppm, se for do seu interesse.
Para saber mais confira Tudo o que você precisa saber sobre alimentação sem glúten e não tinha a quem perguntar.
Cuidado com contaminações
A contaminação cruzada pode representar diversos riscos para pessoas com doença celíaca, sensibilidade ao glúten ou alergia ao trigo. Conheça eles:
- Reações adversas: Mesmo pequenas quantidades de glúten podem desencadear reações negativas como dores abdominais, diarreia, fadiga, erupções cutâneas, dor de cabeça e outros problemas digestivos e imunológicos.
- Danos intestinais: A exposição frequente à contaminação cruzada pode levar a danos que prejudicam a absorção adequada de nutrientes e prejudicando a saúde em geral.
- Dificuldades na dieta: A presença de traços de glúten devido à contaminação cruzada pode dificultar obter uma dieta livre de glúten efetiva.
- Risco de alergias: A contaminação cruzada pode representar um risco para indivíduos com alergias ao trigo, desencadeando reações alérgicas graves, incluindo dificuldade respiratória, inchaço e anafilaxia.
- Incerteza e ansiedade: A contaminação cruzada pode criar incerteza e ansiedade em relação aos alimentos que consomem, tornando as refeições fora de casa mais estressantes.
Boas práticas para evitar a contaminação cruzada caso você more com pessoas não celíacas e sem sensibilidade ao glúten:
- Leia atentamente os rótulos: Verifique sempre os rótulos dos alimentos em busca de ingredientes que possam conter glúten, como trigo, cevada, centeio, malte e aveia. Procure por produtos rotulados como “sem glúten” ou que tenham certificações confiáveis sem glúten.
- Cozinhe em uma área livre de glúten: Evite o contato com ingredientes que contenham glúten.
- Armazene alimentos corretamente: Armazene alimentos sem glúten em recipientes separados e rotulados para evitar misturas acidentais. Uma dica é armazená-los em locais diferentes.
- Utensílios e utensílios de cozinha: Utilize utensílios de cozinha exclusivos para preparar e servir alimentos sem glúten. Evitar o uso compartilhado de utensílios auxilia na redução da contaminação cruzada.
- Superfícies de preparação: Utilizar panos e produtos de limpeza separados também é uma opção. Não esqueça também de limpar e desinfetar as superfícies de preparação antes de cozinhar alimentos sem glúten.
- Torradeiras e fornos: Na hora de preparar pães e bolos, se possível, tenha uma torradeira dedicada apenas a produtos sem glúten.
- Restaurante e refeições fora de casa: Certifique-se de que o restaurante tem procedimentos adequados para evitar a contaminação cruzada.
Embora seja uma dieta restritiva e que possua muitos cuidados para evitar problemas, não se sinta limitado. Procure consumir e testar marcas referências e especializadas sem glúten no mercado, procure grupos em redes sociais de pessoas que compartilham a mesma situação que você para compartilharem histórias, situações e dicas. Não se sinta sozinho, saiba que você tem o direito de esclarecer suas dúvidas com as marcas, se for o caso.
A Tainá Alimentos acredita que com a conscientização da população sobre alergias alimentares, é possível abrir mais espaço para que outras indústrias e empresas invistam nesse público e em sua qualidade de vida.