O Brasil deverá registrar 483 mil novos casos de câncer no triênio de 2023 a 2025, sendo 72 mil (10,2%) só de câncer de próstata, o que representa um aumento de 8,5% em comparação ao triênio anterior, segundo levantamento do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Apesar de ser uma doença que, geralmente, se desenvolve de forma lenta, o câncer de próstata é o tumor maligno de maior incidência entre os homens, com alta taxa de mortalidade. Por isso, é importante conhecer tudo sobre a doença, os principais sintomas, como se prevenir e quais os tratamentos disponíveis.
O que é a próstata?
A próstata é uma glândula localizada na parte baixa do abdômen, à frente do reto e logo abaixo da bexiga, que faz parte do sistema reprodutor masculino, onde produz o líquido prostático, um dos componentes do sêmen.
A próstata não está associada à função sexual como libido e ereção. Esta confusão existe pois a cirurgia com a retirada completa da próstata, pode de certa forma causar danos aos nervos do pênis que passam muito próximos da cápsula da próstata.
O que é o câncer de próstata?
O câncer de próstata é o segundo principal tipo de tumor maligno entre os homens, que se desenvolve a partir do crescimento desordenado de células malignas na glândula prostática. Só na região sul do Brasil, a taxa de incidência é de 57,23 casos a cada 100 mil.
Principais sintomas
Quando surge, o câncer na próstata não costuma apresentar sintomas e é despercebido em muitos casos. Além disso, o tumor pode se desenvolver lenta e gradativamente, durante anos.
Por isso, os sinais podem aparecer apenas quando o câncer já se encontra em um estágio mais avançado. O homem pode sentir vontade de urinar várias vezes ao dia e à noite, dificuldade para fazer xixi e presença de sangue na urina, sintomas que também surgem nos pacientes com hiperplasia prostática benigna (HPB).
Nos quadros mais severos do câncer de próstata o paciente pode sentir também perda de peso e dor óssea, que começa na região pélvica e púbica, com possibilidade de irradiar para o resto do corpo.
Fatores de risco
A idade é um dos principais fatores de risco para o câncer de próstata. Tanto a mortalidade como a incidência de novos casos aumenta consideravelmente quando o homem passa dos 60 anos de idade. Outros fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença são:
- Histórico de casos na família, principalmente quando mais de 3 casos na mesma família e 2 ou mais diagnosticados com menos de 55 anos.
- Pacientes afrodescendentes;
- Sobrepeso e obesidade aumentam o risco de desenvolver câncer de próstata em estágio avançado;
- Tabagistas apresentam maior risco de tumores mais avançados e de morte por câncer de próstata.
- OBS: O uso de testosterona em pacientes com baixos níveis deste hormônio não aumenta o risco de câncer de próstata.
Diagnóstico precoce, quando iniciar o acompanhamento
A detecção precoce é uma estratégia essencial para encontrar o câncer de próstata ainda no estágio inicial, aumentando as chances de sucesso no tratamento. Os exames para detecção precoce devem iniciar:
- Aos 45 anos em pacientes com histórico familiar e em afrodescendentes;
- Aos 50 anos em pacientes sem fatores de risco;
- Entre os exames realizados estão os de sangue para avaliar a dosagem de PSA, toque retal e quando necessário ressonância magnética. De acordo com os achados, o médico pode ainda solicitar uma biópsia prostática para fechar o diagnóstico.
Como prevenir o câncer de próstata?
Apesar de não existir nenhuma dieta definida que comprovadamente reduz a incidência do câncer de próstata, cuidados conhecidos e necessários para evitar também outras doenças, como manter uma alimentação balanceada e rica em nutrientes, movimentar o corpo e fugir do sedentarismo, evitar fumar e exagerar na bebida alcoólica, além de cuidar do peso são aconselhadas e desejáveis.
Tratamento do câncer de próstata
Afinal, o câncer de próstata tem cura? Sim, principalmente se a doença for detectada precocemente e se o tumor estiver localizado, ou seja, não se espalhou por outros órgãos e regiões do corpo.
Como tratar o câncer de próstata?
Quando a doença é diagnosticada no estágio inicial, sendo a mesma de baixo potencial de progressão (gleason 6), com poucos fragmentos acometidos, o paciente pode apenas ser acompanhado através da vigilância ativa, sem necessidade de tratamento curativos devido à baixa agressividade da doença.
Nos quadros em que a doença não apresenta sinais de metástase (doença disseminada para os ossos), mas possui características biológicas de agressividade, a cirurgias e a radioterapia devem ser levadas em consideração, com o intuito de controle local da doença.
Em pacientes com metástase (o câncer se espalha), geralmente, o tratamento indicado é a terapia hormonal ou a quimioterapia em casos mais extremos. Seja qual for o quadro, é fundamental entender que apenas o médico poderá aconselhar qual é o melhor tratamento em cada caso.
Cirurgia de próstata
A cirurgia de próstata para tratamento do câncer, também chamada de prostatectomia radical, tem como objetivo a remoção total da glândula, dos tecidos ao redor, das ampolas dos ductos deferentes, da uretra prostática e das vesículas seminais para retirada do tumor.
O procedimento cirúrgico poderá ser feito por laparotomia, método convencional onde o corte na pele é maior; por laparoscopia ou cirurgia robótica, métodos em que são feitas pequenas incisões na barriga do paciente.
Recuperação pós cirurgia
Se o paciente seguir corretamente as recomendações médicas e não tiver qualquer intercorrência no pós-cirúrgico, a recuperação da prostatectomia ocorre entre 10 e 15 dias, com repouso absoluto durante o período.
Passado esse tempo, se o médico permitir, o homem poderá voltar ao trabalho, dirigir e realizar outras atividades simples do dia a dia. Em relação a vida sexual, geralmente após 40 dias o paciente já é liberado e os grandes esforços, só após 90 dias.
Vantagens da prostatectomia radical robótica
Na cirurgia de próstata radical robótica o robô oferece uma visão tridimensional e aumentada da região, possibilitando maior precisão do cirurgião na dissecção, além de reduzir consideravelmente os efeitos provocados pelo método tradicional, como grande corte e risco de sangramento, já que o procedimento é feito por meio de incisões bem pequenas.
O principal objetivo da cirurgia robótica, que hoje já se caracteriza como a principal forma de prostatectomia nos Estados Unidos, é aumentar a capacidade do cirurgião de realizar uma cirurgia mais precisa. Elevando a capacidade de preservar os nervos responsáveis pela ereção e a continência do paciente, alguns estudos já apontam para uma recuperação precoce de ambos após a cirurgia robótica.
Cuide da saúde da sua próstata
O Dr. Thiago Hota, CRMPR 27784 e RQE 20261, é especialista no tratamento da HPB com uso do HoLEP e chefe do centro de treinamento dessa técnica para toda a América Latina.
O médico de Curitiba/PR também é idealizador, junto ao Hospital do idoso Zilda Arns, do projeto “Curitiba sem sonda”, por meio do qual oferta aos pacientes do SUS a realização de cirurgia de próstata com uso do Holmium laser (HoLEP).
Agora que você já conhece os tipos de cirurgia de próstata e qual a indicação de cada técnica, agende uma consulta com um urologista para saber como está a saúde da sua próstata e realizar exames de rotina.
Responsável Técnico: Dr. Thiago Hota – CRMPR 27784 RQE 20261
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