Você sabia que o nome Filipe tem origem do grego Philippus (filéo + híppos) e significa algo como “amigo dos cavalos”? É justamente por isso que o cavaleiro Filipe Masetti Leite ganhou esse nome do pai, um fissurado por equinos. Esse verdadeiro caubói brasileiro é o tema de Cavaleiro das Américas, documentário lançado há dois anos na Festa do Peão, em Barretos (SP), que finalmente chegou ao streaming pela Brasil Paralelo.
Dirigido pelo canadense Sean Cisterna, o filme de uma hora e meia foi construído a partir de mais de 500 horas de gravações realizadas durante uma cavalgada de Leite que durou oito anos. A viagem marcou a realização de um sonho que o cavaleiro tinha desde criança: cruzar as Américas a cavalo, em uma viagem de 27 mil quilômetros que começa no Alaska (nos Estados Unidos) e termina no Ushuaia (na Argentina).
Antes disso, Leite era apenas um jovem estudante de jornalismo, que precisou criar coragem e dar as caras para bater atrás de patrocinadores para concretizar a ousada meta. Conversou com cavaleiros de todo o mundo para entender os desafios antes de finalmente conquistar o apoio financeiro que precisava. Foi em 2012, aos 25 anos de idade, que iniciou a viagem. O longa-metragem retrata essa história inspiradora, recheada de elementos importantes como família, fé e perseverança.
O aventureiro, hoje com 37 anos, também relatou suas jornadas inspiradoras em uma trilogia de livros, Cavaleiro das Américas, Cavaleiro das Américas Rumo ao Fim do Mundo e Cavaleiro das Américas – A Última Cavalgada. Mas é no vídeo que seus desafios ficam mais impactantes. Além de lidar com intempéries, passando por temperaturas congelantes até o calor extremo, Leite teve de cuidar de problemas de saúde de seus animais e até lidar com um encontro inesperado com narcotraficantes. Tudo isso faz com que o documentário deixe o espectador preso ao sofá, como se assistisse a uma aventura hollywoodiana.
Ferreiro, veterinário e burocrata
Para cruzar as 12 fronteiras internacionais de seu trajeto, Leite utilizou três cavalos, chamados de Frenchie, Bruiser e Dude. Eles são tão estrelas do documentário quanto o próprio cavaleiro. A relação entre os animais e ele é quase de pai e filho, segundo o próprio.
Na época do lançamento de Cavaleiro das Américas, o caubói comentou que “filmar as 500 horas foi um desafio, pois o cavaleiro tem de ferrar os cavalos, atuar como veterinário, burocrata e cavalgar 30 quilômetros por dia até achar um lugar para dormir”. Leite recebeu os créditos de diretor de fotografia, já que foi o responsável por gravar cerca de 95% das imagens do documentário. O material extenso que sobrou deverá ser utilizado para criar um reality show com a viagem completa.
“No futuro, vai sair um seriado com esse material. Agora estamos focados na produção de um filme”, disse Leite, em entrevista para a Gazeta do Povo. “A produtora tem ideia de fazer três filmes de ficção baseados em fatos reais. O Caio Castro fará o papel do cavaleiro e o longa já começou a ser rodado no Canadá e no Brasil.” A primeira parte da trilogia está prevista para o ano que vem e deve adaptar parte do que aparece no documentário e os relatos de seu primeiro livro, publicado em 2017.
“A chegada ao streaming é um momento muito importante. Estou feliz em poder compartilhar minha história no Brasil por meio do documentário, que levou mais de dez anos para ser produzido. Espero inspirar outros brasileiros a seguirem seus sonhos e a viver uma vida mais natural, em contato com os cavalos e a natureza”, são as palavras finais do Cavaleiro das Américas.
- Cavaleiro das Américas
- 2022
- 96 minutos
- Indicado para maiores de 10 anos
- Disponível na Brasil Paralelo
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