Na próxima quarta, 12 de junho, o Brasil celebra o Dia dos Namorados, uma data que convida a refletir sobre a força do amor. Naturalmente, no cinema, o tema é uma constante. A data é a oportunidade perfeita para comemorar com histórias que inspiram, emocionam e deixam marcas.
Separamos uma lista de filmes que mostram justamente o apelo mais emblemático da celebração: como o amor vai além da memória, desafiando o tempo e as probabilidades. Seja aos apaixonados de longa data ou àqueles que desejam viver novas histórias, as produções de diferentes épocas são um convite a celebrar a magia do amor por meio das telas.
Hiroshima Meu Amor (1959)
O filme foge do convencional por mostrar de forma artística a história de dois amantes no Japão, país devastado pela bomba de Hiroshima: uma atriz francesa (Emmanuelle Riva), que está participando de um filme sobre a paz, e um arquiteto japonês (Eiji Okada), que perdeu a família no desastre.
O longa começa com uma série de imagens do ataque nuclear de 1945. As cenas da cidade esgotada e da população deformada são mescladas artisticamente com as imagens de amor da diva com o arquiteto, que por determinação do diretor não têm nome: são chamados apenas pelo nome de suas cidades, Nevers e Hiroshima.
A trama é envolvente. Ao se aproximar do japonês, a atriz, em um drama psicológico, relembra seu primeiro amor, um alemão que conheceu no final da Segunda Guerra Mundial. A partir disso, a próxima parte do filme é conduzida pelo passado e o presente, que se misturam no decorrer do tempo.
A indignação da protagonista, a beleza das cenas, os diálogos fortes e concisos, as imagens de destruição e o texto impecável da roteirista Marguerite Duras são apenas alguns pontos que deixam claro que Hiroshima, Meu Amor é um clássico sem precedentes até hoje.
Onde assistir: Telecine e Mubi
Em Algum Lugar do Passado (1980)
Nas primeiras cenas de Em Algum Lugar do Passado, uma misteriosa idosa aparece na apresentação da peça do dramaturgo Richard Collier (o saudoso Superman, Christopher Reeve) e fala a ele: ‘Volte para Mim!’. Oito anos depois, Collier resolve viajar para escrever sua próxima peça e se hospeda aleatoriamente em um hotel. Tudo parece normal até que ele vê uma foto na parede.
A imagem de uma bela atriz mexe com o escritor de tal forma que ele fica obcecado por conhecer e encontrar aquela mulher. E isso faz com que Richard resolva quebrar a barreira do tempo e tente voltar ao passado para conhecê-la. Assim, ele vai atrás de um antigo professor de física que o ensina uma técnica de voltar ao tempo.
O filme é recheado de cenas melodramáticas e fica evidente que a ideia do diretor é falar sobre almas gêmeas. Richard “reconhece” Ellen Jane Seymour (Elise McKenna) imediatamente, e a atriz também percebe o match de almas quando o encontra. Apesar de algumas cenas datadas que ganham força com a trilha sonora dramática, o diretor conseguiu trazer ao público uma história que sai do clichê e envolve o espectador no drama.
Onde assistir: Disponível para aluguel no YouTube, Google Play, Prime Video e Apple TV
Como Se Fosse a Primeira Vez (2004)
O filme é uma comédia romântica que, apesar de seguir uma fórmula previsível, consegue divertir o público com seu humor. Henry Roth, interpretado por Adam Sandler, é um veterinário no Havaí que evita compromissos amorosos, preferindo se envolver com turistas e contar-lhes mentiras sobre si mesmo.
No entanto, sua vida despreocupada vira de cabeça para baixo quando conhece e se apaixona por Lucy Whitmore, interpretada por Drew Barrymore, uma mulher que sofre de perda de memória recente, o que faz com que ela esqueça os eventos do dia anterior ao acordar.
O filme se destaca pela química irresistível entre Sandler e Barrymore, que já haviam divertido o público em Afinado no Amor. A trama mistura comédia e romance de forma leve e divertida, enquanto Henry tenta conquistar Lucy dia após dia, enfrentando os desafios impostos pela condição dela. Com um elenco de apoio talentoso e cenários deslumbrantes do Havaí, Como Se Fosse a Primeira Vez destaca a importância do amor e da perseverança - com muito bom humor.
Onde assistir: Max (antigo HBO Max)
Para Sempre (2012)
Daqueles filmes para ver e rever, com a possibilidade de ainda sair intrigado com os mistérios do amor e da mente exemplificados pelos protagonistas. Do diretor de Grey Gardens, Michael Sucsy, o filme conta a história real de Page (Rachel McAdams) e Leo (Channing Tatum), um dito casal perfeito que teve o relacionamento interrompido por um grave acidente. Leo sai ileso, mas Page quase morre. E após um profundo coma, acorda sem saber quem é o marido.
A perda total da memória resulta em uma saga incansável do personagem de Channing para tentá-la fazer se lembrar dele e da vida que tinham juntos. Contrariando todas as expectativas e a ansiedade do espectador para que ela finalmente recobre as lembranças, a história teima em desafiar o destino que parecia tão certo para o casal.
Aos poucos Page se lembra que detestava o Direito, curso que levava à frente para agradar o pai. E suas mãos mostram que o dom da pintura, sua verdadeira paixão, aos poucos consegue se sobressair sem que ela nem sequer lembrasse que estava ali. Mas, de Leo, nada mais vinha.
Até que ele entrega os pontos e permite deixar a memória seguir seus misteriosos caminhos na busca de um desfecho surpreendente para os dois. Uma prova de que o amor não se subjuga ao óbvio, mas se permite construir com a honestidade dos sentimentos ao longo do tempo.
Onde assistir: Prime Video
Questão de Tempo (2013)
Do mesmo diretor do adorável filme natalino Simplesmente Amor, Questão de Tempo é uma comédia romântica que também traz a viagem ao tempo como mote. A história começa quando Tim (Domhnall Gleeson) é surpreendido pelo pai (Bill Nighy) com a notícia de que todos os homens da família conseguem viajar ao passado. Inicialmente cético, o nada galã ruivo logo se empolga ao descobrir que seu pai não está mentindo.
Tim segue a vida com seu super poder e resolve que vai usá-lo para conseguir resolver principalmente sua vida afetiva. Mas ao conhecer Mary (Rachel McAdams), o protagonista se apaixona, inicia uma família com ela, e assim, aos poucos, vai deixando o dom de lado.
Até que ele descobre que essa virtude de voltar no tempo pode ter sérias consequências. O filme toca também no tópico do amor familiar e emociona com as questões existenciais de Tim. A dúvida que fica é: como o amor muda nossa disposição para reescrever nossas histórias?
Onde assistir: Netflix, Prime Video e Telecine
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