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Minissérie da Netflix conversa com idosos das zonas azuis para descobrir “segredos” da longevidade
Minissérie da Netflix conversa com idosos das zonas azuis para descobrir “segredos” da longevidade| Foto: Netflix/Divulgação

Pode soar estranho, mas há menos de um século a expectativa de vida de um brasileiro chegava a apenas 45 anos, segundo o IBGE. Graças ao avanço da ciência e à vontade de viver mais, esse número hoje atinge algo em torno de 76 anos. Apesar da idade mais avançada que as pessoas têm chegado por aqui, ela não chega aos pés das áreas conhecidas como “zonas azuis”, lugares onde as médias de centenários estão entre as maiores do mundo. Essas regiões são o foco da nova minissérie da Netflix: Como Viver até os 100: Os Segredos das Zonas Azuis.

Esse conceito foi criado por Gianni Pes, pesquisador sênior do Departamento de Medicina Clínica e Experimental da Universidade de Sassari, na Itália, e disseminado pelo aventureiro Dan Buettner, o apresentador do seriado. Ao longo dos quatro episódios, com durações que variam entre 32 e 44 minutos, o explorador visita cinco zonas azuis e busca entender quais são as características principais que estão impulsionando essa longevidade.

Buettner entrevista idosos e especialistas que residem em Okinawa (Japão), Sardenha (Itália), Loma Linda (Estados Unidos), Icária (Grécia) e na Península de Nicoya (Costa Rica). Cada local possui uma cultura muito rica e singular; alguns senhores vivem em áreas urbanas e outros em locais afastados e mais próximos da natureza. O programa apresenta imagens de tirar o fôlego, além de ensinar ao espectador um pouco mais sobre o mundo em que vive.

Como Viver até os 100: Os Segredos das Zonas Azuis inicia com uma mensagem de que nenhuma das dicas para a longevidade deve ser seguida sem antes consultar um médico, o que pode afastar alguns espectadores e passar uma impressão de charlatanismo. Mas logo que a série embala, após uma breve apresentação egocêntrica de Buettner, alguns dos “segredos” começam a ser revelados e não fogem muito daquilo que é senso comum.

No episódio de Okinawa, uma senhorinha simpática revela que um dos fatores positivos em sua vida é a diversão. “Divirta-se sempre” e “não sinta raiva” são dois dos mantras ditos por ela, que fazem bastante sentido considerando o impacto que o estresse pode ter na geração de doenças coronárias. Já na Sardenha, outra centenária é usada como exemplo para ressaltar que a proximidade com a família também é um fator importante.

Tubérculo milagroso 

Para ir além dessas dicas, que saem apenas da boca de pessoas comuns e soam como achismos, o apresentador investiga a ciência por trás de alguns hábitos culturais. No caso de Okinawa, a população local consome muito um tubérculo conhecido como beni imo, uma espécie de batata-doce roxa. Ele é considerado um superalimento, devido a suas grandes qualidades nutricionais e antioxidantes, tornando a refeição dos japoneses daquela ilha muito mais completa do que a de americanos – muitas comparações desse tipo são feitas ao longo da série, afinal Buettner desenvolveu a série com o público dos Estados Unidos em mente.

Os quatro episódios reforçam que exercício físico, boa alimentação e leveza na forma de viver são alguns dos principais elementos para a longevidade. Assisti-los detalha essas noções genéricas e traz insights  interessantes. Não dá para seguir tudo à risca, mas Como Viver até os 100: Os Segredos das Zonas Azuis será bastante inspirador para quem deseja viver uma vida mais regrada e saudável.

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