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Dinossauros

“Jurassic World: Recomeço” recupera essência dos anos 90 para fisgar grisalhos

Scarlett Johansson vive a mercenária Zora Bennett no filme que está nos cinemas
Scarlett Johansson vive a mercenária Zora Bennett no novo filme de dinossauros (Foto: Divulgação Universal)

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Cinco anos após os eventos de Jurassic World: Domínio, os dinossauros estão novamente à beira da extinção. O clima tornou sua sobrevivência impossível na maior parte do planeta, e apenas alguns espécimes sobrevivem em habitats isolados perto do Equador. Mas mesmo em seu aparente desaparecimento, eles permanecem valiosos para os humanos: o DNA de três das maiores criaturas pode ser a chave para o desenvolvimento de um medicamento capaz de salvar milhões de vidas. Para isso, uma poderosa empresa farmacêutica contrata a mercenária Zora Bennett (Scarlett Johansson) para liderar uma perigosa expedição para extrair sangue desses animais.

Apoiado mais uma vez pelo próprio Steven Spielberg, este novo capítulo da saga Jurassic – que trouxe tanta alegria à Universal – faz jus ao título: é um verdadeiro renascimento. Depois de uma segunda trilogia iniciada por Jurassic World (2015), que acabou se perdendo em uma nuvem de falso ambientalismo, este novo capítulo – e agora o sétimo – é ideal para quem procura dinossauros em profusão – incluindo um que lembra Alien, mas cem vezes maior – e uma boa dose de ação e entretenimento.

O roteiro de Jurassic World: Recomeço é de David Koepp, especialista em filmes de aventura que trabalhou com Spielberg em Jurassic Park (1993) e O Mundo Perdido (1997). Isso fica especialmente evidente na estrutura narrativa: a trama se desenvolve acompanhando as aventuras de dois grupos principais – a família e a equipe de Zora – que mantêm o suspense ao longo da história. Com isso, Koepp e o diretor Gareth Edwards – conhecido por, entre outros, Resistência, Rogue One: Uma História de Star Wars e Monstros – conseguem restaurar o tom das primeiras aventuras de Jurassic. O importante aqui não é a originalidade – aliás, tudo é bastante previsível –, mas, sim, um retorno à essência, combinando habilmente ação, momentos de tensão, silêncios e humor.

Salto técnico

Em pouco mais de duas horas de filmagem, os realizadores conseguem manter os espectadores grudados em suas poltronas. Não apenas o público iniciante, mas também aqueles que já estão ficando grisalhos, com inúmeras referências nostálgicas dirigidas especialmente a eles: desde o famoso “objetos em espelhos estão mais próximos do que aparentam” (homenageado em outros filmes tão diversos quanto Toy Story 2) até a queda da grande faixa de “Quando os dinossauros dominavam a Terra”. A música também contribui para essa conexão emocional: o vencedor do Oscar Alexandre Desplat acompanha o filme com uma trilha sonora impactante, que frequentemente apresenta os lendários acordes criados por John Williams.

Em termos técnicos, mais de trinta anos após a primeira história, um salto era de se esperar, e a verdade é que o nível de realismo visual é espetacular. Os efeitos digitais não são inferiores aos do filme original, mas agora atingem um nível de detalhe que permite desfrutar de cada rugido e cada perseguição com uma sensação de imersão total. Em termos de atuação, o elenco tem desempenho competente, embora sem grande alarde. Destaque para Scarlett Johansson, que traz carisma à personagem de Zora Bennett.

Scarlett Johansson empresta carisma à sua personagemA atriz americana empresta carisma à sua personagem (Foto: Divulgação Universal)

Além desses aspectos, seguindo os passos de Spielberg, o filme continua a criticar a falta de ética na pesquisa científica, focando aqui na corrida desenfreada entre as empresas farmacêuticas para serem as primeiras a desenvolver um medicamento e obter lucros enormes. Jurassic World: Recomeço é, portanto, mais do que uma continuação da segunda trilogia. Trata-se de um retorno muito digno ao espírito da saga original, com todos os ingredientes para ser um dos grandes sucessos de bilheteria da temporada.

© 2025 Aceprensa. Publicado com permissão. Original em espanhol.

  • Jurassic World: Recomeço
  • 2025
  • 133 minutos
  • Indicado para maiores de 14 anos
  • Em cartaz nos cinemas

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