O monstro Godzilla sempre foi um enorme chamariz para as salas de cinema. Desde 1954, 38 longas-metragens o colocaram no centro das telonas, entretendo diferentes gerações de fãs. Com um histórico desses, Godzilla parece gigante demais para caber na televisão. Mas é justamente isso que entrega a nova série Monarch: Legado de Monstros, disponível no Apple TV+.
Ela se passa um ano após os eventos de Godzilla, lançado em 2014 e presente no catálogo do HBO Max. Acompanhamos Cate Randa, uma sobrevivente do ataque do monstro que descobre uma relação entre seu pai e a tal da Monarch, uma entidade secreta que monitora Titãs, forma como os monstros deste universo são conhecidos.
Apesar de Cate ser a protagonista, o seriado não segue uma cronologia linear e apresenta em cada sequência um diferente personagem envolvido com a trama. É essa característica que ajuda a trazer profundidade à franquia. Com as cenas do passado, o espectador entende como diferentes governos trabalharam para esconder e conter Godzilla e outros monstros, como o King Kong. Já com as cenas de 2015, quem assiste fica por dentro do impacto que o ataque acompanhado no filme de 2014 gerou na sociedade – caso não tenha visto Godzilla, fique tranquilo: dá para sacar tudo sem precisar assisti-lo.
De pai para filho
A trama começa a se mover rapidamente quando Cate descobre que tem um meio-irmão, Kentaro. Ele a ajuda em sua investigação e ambos chegam na trilha do militar Lee Shaw, que é apresentado pela primeira vez em um flashback dos anos 1950.
Shaw é o personagem que faz a ponte entre passado e presente, sempre ajudando os membros da família Randa. Para interpretá-lo nas duas fases, o serviço de streaming contratou os atores Kurt e Wyatt Russell, pai e filho na vida real. Essa sacada é um dos grandes trunfos da série. Além de adicionar dois nomes de peso no elenco, a escolha acentua o clima familiar de Monarch: Legado de Monstros.
“Logo no início, precisamos entrar em acordo para decidir como seria Lee Shaw quando ele aparecesse jovem ou mais velho e assim houvesse uma coerência”, contou Wyatt, em painel da CCXP, evento sobre lançamentos geeks realizado em São Paulo entre 30 de novembro e 3 de dezembro. “Como a série não é sobre Lee Shaw, ele faz apenas parte do tecido maior da série, enxergamos o personagem como um ser vivo e fomos evoluindo conforme ele foi evoluindo.”
Para quem é fã da franquia, o seriado é imperdível, além de funcionar como esquenta para o filme Godzilla vs Kong: O Novo Império, que será lançado em 2024. Já para os leigos sobre o universo do réptil gigante, Monarch: Legado de Monstros serve para deixar tudo explicado e revelar que a saga de quase 70 anos vai muito além da destruição em massa de cidades – que é muito bem-feita com o uso de computação gráfica ao longo dos episódios.
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