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História real

“Nonnas”, da Netflix, comprova que panela velha é que faz comida boa

Susan Sarandon, Talia Shire, Vince Vaughn, Brenda Vaccaro e Lorraine Bracco, o elenco do filme
Susan Sarandon, Talia Shire, Vince Vaughn, Brenda Vaccaro e Lorraine Bracco, o elenco de "Nonnas" (Foto: Divulgação Netflix)

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Quando abriu o restaurante Enoteca Maria, ao sul de Nova York, o imigrante italiano Joe Scaravella não imaginava que, 18 anos depois, essa história viraria um filme de sucesso – Nonnas, um dos mais assistidos da Netflix nas últimas três semanas. Na verdade, esse funcionário da companhia de transporte público local, sem qualquer experiência no ramo gastronômico, sequer tinha ideia de que seu estabelecimento iria vingar.

Enlutado pela morte da mãe (Maria) e já sem as companhias do pai, irmã, avô e avó, Joe resolveu usar sua herança e comprar um imóvel em Staten Island, ambicionando colocar de pé um restaurante. Mas não seria um restaurante qualquer. Para honrar as receitas preparadas por sua avó e que passavam de geração em geração, o Enoteca Maria teria vovós italianas cuidando das panelas e preparando receitas afetivas. Nada da arrogância típica dos chefs da alta gastronomia.

O lugar se estabeleceu no disputado cenário nova-iorquino e ampliou seus horizontes, atraindo senhoras de mais de 50 anos de outras nacionalidades para prepararem pratos típicos de seus países de origem (a inciativa levou o nome de nonnas of the world). Essa parte da história não entrou no filme da Netflix. Mas o diretor Stephen Chbosky, conhecido pelos emocionantes As Vantagens de Ser Invisível e Extraordinário, conta a parte mais saborosa desse conto de fadas, que é a gênese do Enoteca Maria.

Cenas para salivar

O papel de Joe ficou a cargo do bonachão Vince Vaughn, que faz bem o filho órfão dividido entre o trabalho e o sonho de abrir o restaurante (na vida real, foram oito anos de vida dupla até o lugar deslanchar e Joe conseguir largar o emprego). Ele contracena com três velhinhas do balacobaco que assumem as panelas e com a cabelereira de sua finada mãe, vivida por Susan Sarandon, que se encarrega das sobremesas do cardápio (quem gosta de cannoli vai salivar!).

A atriz de 78 anos Susan Sarandon está em "Nonnas"A atriz de 78 anos Susan Sarandon faz cannoli no filme da Netflix (Foto: Divulgação Netflix)

Com essa premissa tão farta, Nonnas coloca na mesa temas como a importância da família e das tradições, a possibilidade de se mudar de profissão num estágio avançado da vida, o papel dos imigrantes no novo continente, os laços criados pelas refeições compartilhadas, a perseverança dos que trabalham duro e o amor em suas mais variadas facetas. Não por acaso, são inúmeros os relatos nas redes sociais de pessoas que choraram assistindo ao filme – e que também ficaram com água na boca e morrendo de vontade de conhecer o Enoteca Maria em Nova York.

Claro que quem tem o coração de pedra pode achar o Nonnas muito água com açúcar. Sua mensagem é totalmente positiva, sem abertura para amargura ou ressentimento. Até os vizinhos que faziam cara feia para Joe acabam se dobrando e apoiando o Enoteca Maria. E Joe ainda reata um romance com uma colega de segundo grau que ele havia abandonado no baile de formatura. Ou seja, tudo dá certo em Nonnas. Fora que, com o êxito das vovozinhas nos fogões, a história confirma aquele refrão que Sergio Reis cantava com malícia no final dos anos 80: “panela velha é que faz comida boa”.       

  • Nonnas
  • 2025
  • 114 minutos
  • Indicado para maiores de 10 anos
  • Disponível na Netflix

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