“Superpoderosos – A História da DC” disseca editora que criou Batman e Superman

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No mês passado, um documentário lançado pela Disney contou a história de Stan Lee, criador do Homem-Aranha e uma das principais forças por trás da Marvel Comics. Seja por seu real impacto ou por uma natureza marqueteira, Lee soube posicionar sua imagem como a pessoa mais vital daquela operação. Agora, em uma espécie de resposta, o HBO Max lançou a minissérie documental Superpoderosos - A História da DC, que narra como a editora responsável por Batman e Super-Homem tem uma história muito mais coletiva e recheada de criadores.

Dividida em três episódios, com uma duração total de quase três horas, a trajetória da DC é contada com a ajuda de muitos rostos conhecidos do público, como a atriz Lynda Carter, intérprete da Mulher-Maravilha na década de 1970, o ator Michael Keaton, um dos Batmans mais queridos, e o diretor Tim Burton. Para quem é mais ligado nesse universo geek, há também depoimentos de roteiristas e ilustradores importantes, vide Mark Waid e Bruce Timm.

O primeiro episódio dá ênfase para a gênese da editora de quadrinhos na década de 1930. Surgida antes da Marvel, a DC Comics teve de desbravar muito do espaço para entender quais eram as histórias que interessariam o público na época. É nesse contexto que nascem Super-Homem, Batman e Mulher-Maravilha, por exemplo. Também ressalta a preocupação dos pais com o conteúdo dos gibis e uma importante mudança corporativa.

Foco no leitor adulto 

No segundo capítulo o destaque vai para a criação de uma nova marca, a Vertigo. Esse selo nasceu para que a editora pudesse publicar histórias maduras para um público cada vez mais adulto. Uma das grandes referências dessa marca é a série Watchmen, com trama muito baseada no contexto da Guerra Fria e no decrescente respeito com os super-heróis.

Por fim, Superpoderosos aborda como a criação da Milestone Media ocorreu a partir da frustração de quadrinistas e roteiristas que queriam ver mais personagens negros no universo dos super-heróis. A marca foi a responsável por criar, mais notadamente, o herói Super Choque.

A minissérie consegue ser interessante tanto para os fãs de quadrinhos quanto para quem quer entender mais desse universo recheado de histórias. Além de passar pelas mudanças de abordagens ao longo do tempo, o produto indica os caminhos que a DC deve seguir no futuro. Após diversos fracassos no mundo dos filmes, o estúdio vive um momento de reformulação encabeçada pelo roteirista James Gunn, que está presente em diversos depoimentos da série e é o responsável pela próxima versão do Super-Homem nos cinemas.