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Obra na Linha Verde em Curitiba.
Obra na Linha Verde em Curitiba.| Foto: Lineu Filho /Tribuna do Paraná

O ano de 2021 vai terminar como mais um em que a Linha Verde não será concluída. Ao contrário do mandato anterior, quando o prefeito Rafael Greca (DEM) havia dito que a via ficaria pronta primeiro em 2020 e depois em 2021, agora a prefeitura prefere não cravar mais datas. O município garante apenas que a obra vai terminar até o fim da atual gestão.

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"O compromisso da administração municipal é de que as obras da Linha Verde sejam concluídas até 2024, no fim do mandato do prefeito Rafael Greca", garante a prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Obras Públicas (SMOP). "Importante reforçar que se tratam de intervenções complexas, de grande magnitude, que dependem de questões jurídicas e que estão sendo executadas com a manutenção do fluxo de veículos que transitam na região", complementa a SMOP.

Em 2022, a Linha Verde vai completar 16 anos de trabalhos. Nesse período, quatro prefeitos tocaram sem concluir a construção da principal ligação entre as regiões Norte e Sul da capital: Beto Richa (PSDB), Luciano Ducci (PSB), Gustavo Fruet (PDT) e o próprio Greca. Em 2019, a obra chegou a parar completamente por quatro meses, quando a prefeitura rescindiu contrato com a empreiteira responsável pelos lotes 3.1, 3.2 e 4.1.

A demora na conclusão da Linha Verde levou deputados estaduais a cogitarem nesse ano uma CPI para investigar as obras, além de cobrança de vereadores por mais transparência nos dados. De acordo com a SMOP, a previsão para o ano que vem é de entrega de mais alguns trechos na parte final da Linha Verde, no eixo Norte.

A Secretaria de Obras ressalta ainda que, apesar dos aumentos nos custos da construção civil com a inflação dos últimos meses, o caixa da obra está garantido, com recursos do próprio município, do governo federal e financiamentos internacionais. Porém, aponta a prefeitura, os lotes com financiamento federal dependem de liberações da União, cuja velocidade pode impactar no ritmo da obra. "Essas liberações extrapolam os limites de ação do município", observa a SMOP.

Veja o que a obra avançou em 2021, o que vai ser feito em 2022 e o que falta para finalmente a Linha Verde ficar pronta.

Quanto falta para concluir a Linha Verde?

De acordo com a SMOP, faltam ainda 55 km do total de 264 km de pistas em diferentes lotes para conclusão da Linha Verde. Ou seja, a prefeitura terá que concluir até 2024 os 21% restantes da obra. Até agora, foram entregues aproximadamente 209 km de pistas, o que equivale a 79,2% da construção feita ao longo de 15 anos.

O que a Linha Verde evoluiu em 2021?

A prefeitura conseguiu concluir em julho o lote 3.1 da Linha Verde, de 2,46 km de extensão. O trecho vai do viaduto sobre a Avenida Victor Ferreira do Amaral, no bairro Tarumã, até as proximidades do Hospital Vita, no Bairro Alto.

Foram aproximadamente 25 km de pistas construídas no lote, considerando todas as faixas e sentidos: o asfalto da própria Linha Verde, das vias locais e o pavimento de concreto na canaleta central por onde circulam ônibus. Também foram feitas calçadas, vias, paisagismo, plantio de árvores, obras de acessibilidade e a conclusão das duas estações-tubo no trecho.

A conclusão do lote 3.1 permitiu o início da operação da linha de ônibus Ligeirão Fagundes Varela/Pinheirinho, facilitando a ligação entre a região Norte e Sul de Curitiba. Com capacidade para até 8 mil passageiros por dia, o Ligeirão permite integração com 18 outras linhas além de conexões no Terminal Pinheirinho, o maior da cidade.

Também foram construídas duas passarelas para pedestres sobre a Linha Verde. Uma delas não só para facilitar o cruzamento da pista entre o Bairro Alto e Bacacheri, mas também o acesso à Estação-Tubo Vila Olímpica. A outra passarela é no Tarumã, em frente à Igreja Nossa Senhora de Fátima.

Por último, a prefeitura também concluiu em julho a fresa e recape do trecho de 400 metros que vai da Linha Verde até no acesso à Estrada da Ribeira, no Atuba.

O que será feito na Linha Verde em 2022?

Está em fase de conclusão a construção da trincheira sob a Linha Verde que liga as ruas Fúlvio José Alice, no Bairro Alto, e Amazonas de Souza Azevedo, no Bacacheri. Esse trecho já faz parte do lote 3.2.

A trincheira terá duas faixas para veículos, além de uma pequena calçada de emergência e passarela para os pedestres. "Quando estiver liberada para o trânsito, a estrutura formará o binário com a trincheira já existente sob a Linha Verde que liga as ruas Gustavo Rattman e José Zgoda", informa a SMOP.

A prefeitura também concluiu os projetos executivos para a construção dos lotes 2.1 e 2.2 de obras viárias no entorno do Viaduto do Tarumã. Para iniciar essas obras, o município aguarda liberação de orçamento do Ministério do Desenvolvimento Regional, já que fazem parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal.

Entre as intervenções nesse trecho está a construção de um trincheira na Avenida Victor Ferreira do Amaral sob o viaduto e o alargamento da estrutura que já existe. A obra, em frente ao Colégio Militar, além de deixar a estrutura com função tripla (ver foto abaixo) vai também transformar o viaduto em um terminal de ônibus. Segundo a prefeitura, as propostas das empreiteiras para a execução da obra foram abertas em agosto e estão sendo avaliadas.

Como vai ficar o Viaduto do Tarumã com a construção da trincheira.
Como vai ficar o Viaduto do Tarumã com a construção da trincheira.| Reprodução Prefeitura de Curitiba

Também está em andamento o lote 4.1, que compreende o trecho entre a Estações-Tubo Solar e Atuba, com 2,84 km de extensão. Com orçamento do governo federal, a estimativa é de que o trecho seja concluído em meados de 2022. Após a conclusão, começa a obra no lote 4.2, com obras complementares na mesma região.

Qual previsão de instalação de mais estações-tubo na Linha Verde?

A previsão da prefeitura é instalar mais cinco estações-tubo para reforçar o transporte coletivo na Linha Verde nos próximos dois anos. Três já estão em processo licitatório: estação Federal, Torres e Botânico. As estações Solar e Atuba aguardam conclusão das obras de infraestrutura no trecho.

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