• Carregando...
Barragem do Passaúna, umas das quatro que abastecem Curitiba e Região Metropolitana.
Barragem do Passaúna, umas das quatro que abastecem Curitiba e Região Metropolitana.| Foto: Gabriel Rosa / Foto Digital/Gazeta do Povo

Nove meses após o fim do rodízio no abastecimento de água, que durou 21 meses, o nível dos reservatórios do Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região Metropolitana (SAIC) está no maior nível dos últimos três anos, com 99,45% da sua capacidade total.

Receba notícias do Paraná pelo WhatsApp

Segundo dados desta quinta-feira (27), disponibilizados pela Sanepar, entre as quatro barragens que compõem o sistema, apenas a do Passaúna não chegou ao seu nível máximo, mas já está com 98,3% da capacidade de abastecimento.

Ter três barragens do sistema cheias ao mesmo tempo — como hoje estão a Iraí, Piraquara I e Piraquara II — foi uma situação vista pela última vez em novembro de 2019.

O clima tem ajudado nesse quadro, visto que, na região, as chuvas em setembro foram de 174 milímetros, acima da média de 125 mm.

No acumulado deste ano, até aquele mês, as chuvas em Curitiba registraram 1.156,4 mm, acima da média de 952,8 mm.

A primeira quinzena de outubro também teve muitas chuvas, o que contribuiu para o quadro atual.

E a previsão de algumas chuvas para os próximos dias na região de Curitiba, pelo Simepar, pode levar o nível dos reservatórios aos 100%, como em abril de 2018, quando até mesmo três dos reservatórios do sistema extrapolaram a capacidade total, alcançando 102%, 103% e 105%.

Segundo a Sanepar, em consulta feita pela Gazeta do Povo, este valor que excede os 100% se refere ao cálculo da água que acaba extravasando para os rios, uma abundância que todo curitibano e morador da Região Metropolitana de Curitiba aguardou por quase dois anos.

Estiagem levou nível dos reservatórios a 12% da capacidade

Os bons números deixam para trás a ameaça de rodízio, que teve início em 19 de janeiro e durou 649 dias – ainda mais cruel porque necessário em quase todo o período em que persistiu a pandemia de Covid-19.

A estiagem, considerada a maior em 90 anos, teve como um dos piores momentos o mês de julho de 2020, quando a barragem de Iraí chegou a ter apenas 12% de sua capacidade abastecida, enquanto a de Piraquara 1 chegou ao nível de 19% e a do Passaúna a 34%.

População ainda economiza 15% água

Entre as marcas positivas que ficaram na população após o longo rodízio está a economia de água, já que a população que usa o principal sistema de abastecimento da região não baixou a guarda em relação à economia de água.

Neste ano, a média é de 15% de economia mensal de água neste sistema de abastecimento em relação à medição de abril de 2020 pela Sanepar, mês posterior ao início do rodízio em Curitiba e Região.

De acordo com a Sanepar, a economia que hoje é feita também é fruto de uma mentalidade estimulada durante a estiagem, quando a campanha Meta 20, lançada em meados de agosto de 2020, estabeleceu a economia de 20% da água pelas pessoas como objetivo principal.

Resiliência hídrica é objetivo de nova reserva

Em meados deste mês de outubro, a Sanepar lançou um edital para uma reserva que promete ser um trunfo para a Região Metropolitana de Curitiba em termos de abastecimento de água, a chamada Reserva Hídrica do Iguaçu.

Com capacidade de reserva de 43 bilhões de litros apenas em Curitiba, a companhia estima que nos dois próximos anos sejam instaladas as comportas nos canais que foram interligados, com estimativa de início da operação e manejo em 2024.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]