Personalidades, personagens famosos da cidade e marcos arquitetônicos: todos esses elementos podem ser encontrados nos túmulos dos cemitérios de Curitiba, que funcionam em horário estendido nesta quarta-feira (2), Dia de Finados.
Seja em construções garbosas ou túmulos mais “básicos”, o Cemitério Municipal São Francisco de Paula e o Cemitério Água Verde abrigam diversas histórias curiosas, e a Gazeta do Povo selecionou alguns túmulos que valem a visita neste feriado:
1 - Santinha de Curitiba
O túmulo mais popular de Curitiba pertence a uma moça assassinada no século XIX. Maria Bueno, conhecida por muitos como “a santinha de Curitiba”, ganhou fama depois da morte trágica, e muitos acreditam que ela seria milagreira. Há muitas discrepâncias entre as histórias que se contam a seu respeito , mas a mais aceita diz que ela foi morta de maneira brutal pelo namorado.
O fato despertou a tenção da população curitibana, que fazia romaria intensa na primeira cova ocupada pela moça, na rua Vicente Machado. Por conta do movimento, no entanto, o túmulo foi transferido para o Cemitério Municipal São Francisco de Paula, onde recebe centenas de visitas todas as semanas, movimento que se intensifica no Dia de Finados.
2- O túmulo da pirâmide
Outra pérola da cidade, um túmulo amarelo em formato de pirâmide é chama a atenção dos visitantes do Cemitério Municipal São Francisco de Paula. Trata-se de uma réplica do túmulo criado pelo arquiteto Angelo Colla e por Monteverde no cemitério de Milão, na Itália porém com inúmeras alterações estéticas.
A popularidade do túmulo fez com que a “pirâmide” fosse incorporada às lendas locais: boatos dizem que o local é passível de previsões futuras.
3 - A milagreira do Água Verde
Maria Trevisan Tortato - a Maria Polenta - teria morrido em 22 de abril de 1959, aos 79 anos, depois de uma existência marcada por benfeitorias à população de Curitiba. Em vida, era uma espécie de curandeira: extremamente bondosa, realizava massagens terapêuticas nas pessoas, curando diversos tipos de condições físicas voluntariamente.
Reza a lenda que a própria Maria contava que o “dom” teve início com um sonho que teve com seu avô, no qual ele teria lhe instruído a curar uma criança. O apelido de “polenta” veio do trabalho do marido, que lidava com o alimento nas fábricas da Todeschini.
Quando faleceu, centenas de pessoas compareceram ao seu velório, e hoje a população continua visitando o local onde foi enterrada, com a crença de que Maria seria milagreira. Seu túmulo fica no Cemitério Água Verde, na quadra 177.
4 - Recinto de um artista
O jazigo da família Lazzarotto, no Cemitério do Água Verde, possui diversos murais criados pelo artista Poty Lazzarotto. São Francisco, como a obra é chamada, é o tema central e está registrado na lajota cerâmica da construção.
No local, estão sepultado os corpos do artista curitibano - que faleceu em 1998 - e de seus familiares.
5 - Marcos arquitetônicos
No Cemitério Municipal São Francisco de Paula, no bairro São Francisco, diversos túmulos contam a história da cidade e chamam a atenção pelas extravagâncias arquitetônicas.
Um exemplo é o jazigo monumento do coronel João Gualberto, que faleceu em 1912. A imponente estrutura conta com quatros pilares sobre a construção principal, formando u dos túmulos mais altos do cemitério.
A presidente da Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais, Clarissa Grassi, explica que o túmulo é considerado uma réplica de uma construção do cemitério de Edimburgo, na Escócia.
Entre as construções imponentes do local encontram-se, também, o mausoléu do empresário Herculano Carlos Franco de Souza, que está localizado na Alameda dos Mausoléus; o mausoléu da família Pedroso, de 1970, que mostra referências modernistas; e o oratório em mármore Carrara feito em homenagem à Maria da Luz Fonseca por seu marido, em 1888.
Colaborou: Cecília Tümler
Caiado e Marçal cobiçam apoio de Gusttavo Lima para eleições em 2026
Moraes pede manifestação da PGR sobre passaporte de Bolsonaro; assista ao Sem Rodeios
Troca de comando na Câmara arrisca travar propostas que limitam poder do STF
Governo do Tocantins vive crise política deflagrada após investigações da Polícia Civil
Deixe sua opinião