Apesar dos números seguirem altos, a maior onda de transmissão de Covid-19 desde o início da pandemia está desacelerando em Curitiba. Prova disso é a queda na busca por exames, que chegaram a cair aproximadamente pela metade em fevereiro após o pico em janeiro, quando os laboratórios chegaram a ter falta de insumos e filas de carros nas unidades que atendem pelo sistema drive-thru. Mesmo assim, avaliam os laboratórios, a previsão é de um novo repique de casos após o carnaval.
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Nos laboratórios do plano de saúde Unimed, por exemplo, a busca chegou a 900 testes por dia em janeiro. Semana passada, essa busca caiu para entre 350 e 400 exames diários. De acordo com o superintendente da Unimed Laboratório, Milton Zymberg, também caiu a positividade dos testes. Mês passado, a média era de 57% de positividade para coronavírus de todos os exames feitos na rede. Agora, o índice está em 45%.
Na rede laboratórios Lanac, a procura pelos exames caiu pela metade em Curitiba. Nas duas primeiras semanas de janeiro, a média de testes diários no laboratório chegou a 750. Nesta semana, a média baixou para 375 exames coletados por dia. A taxa de positividade também caiu nos resultados do Lanac, que chegou a bater 50% e agora está em 35%.
A queda da transmissão já permitiu que a prefeitura retomasse o atendimento normal em 12 unidades de saúde que foram revertidas em janeiro exclusivamente para atendimento de síndromes respiratórias diante da aceleração não só de Covid-19, mas também da gripe causada pelo vírus H3N2. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) calcula que a redução nos atendimentos de síndromes respiratórias tenha chegado perto de 55%.
Após bater recordes diários nas últimas semanas, a capital registrou segunda-feira (14) o total de 13.069 casos ativos. Esse número é 16,6% menor do que o pico de toda a pandemia, de 16.739 casos ativos no último dia 1.° de fevereiro. Antes dessa atual onda de casos, a maior marca de casos ativos foi em 17 de março de 2021, quando Curitiba tinha 14.098 pessoas contaminadas.
Carnaval preocupa
Segundo o biomédico do Laboratório de Análises Clínicas, Matheus Carengato, a quantidade de casos e a consequente demanda por exames e consultas deve permanecer estável somente até o carnaval, que será de 28 de fevereiro a 1.° de março, e a Quarta-feira de Cinzas no dia 2 de março. Depois do feriado, é esperado um novo pico da doença. “Mesmo com o carnaval de rua cancelado, as pessoas vão fazer outras festas e se encontrar. Um novo ciclo é esperado no começo de março”, explica.
A Unimed também se prepara para um repique da procura por exames no começo do mês que vem. "Dez dias depois do carnaval, infelizmente, nós devemos encontrar uma nova onda da doença", aponta Zymberg. "É fruto da falta de cuidado. As pessoas acabam se esquecendo de não se aglomerar e usar máscara, até pelo fato da doença hoje não ser mais tão letal", avalia.
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