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De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), e divulgada nesta segunda-feira (1º), 79% das empresas industriais sofreram com algum tipo de impacto na produção provocado por quedas de energia nos últimos 12 meses.
Ao todo, a pesquisa ouviu, por telefone, 1.002 executivos líderes de indústrias de pequeno, médio e grande portes. O levantamento foi realizado entre 30 de abril e 2 de maio de 2024.
Para 18% dos entrevistados, o impacto com as quedas de energia foi “grave”. Para 28%, o impacto foi “significativo”. 33% relataram “impacto moderado” e 17% disseram ter sofrido “impacto mínimo”.
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51% tiveram mais de 5 falhas de fornecimento ao longo de 1 ano; e 21% registraram problemas mais de 10 vezes neste período.
Questionados sobre a qualidade do fornecimento de luz, 11% responderam como excelente; 43% como boa; 28% como regular; 9% como ruim; e 9%, péssima.
“O maior problema da queda de energia para a indústria é a paralisação da produção. A depender do tipo de empresa e da linha de produção, há perdas de matéria-prima, produtos e horas de trabalho. São prejuízos consideráveis, que acabam impactando em custos elevados para as indústrias”, disse o gerente de Energia da CNI, Roberto Wagner Pereira.
Além de sofrer com o impacto das quedas de energia, 78% dos executivos ouvidos na pesquisa disseram que a alta na carga tributária é o fator de maior impacto na conta de luz das indústrias.
A pesquisa revelou ainda que 53% das empresas notaram um aumento na conta de luz nos últimos 12 meses. Para 43%, o impacto do custo da energia elétrica sobre a indústria é alto ou muito alto.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os impostos e os encargos representam um total de 44,1% do valor da conta de luz.
O levantamento da CNI revelou que a energia elétrica é a fonte energética mais utilizada por 80% das indústrias para o processo industrial. Na sequência, aparecem energia solar (10%), gás natural (2%), óleo diesel (2%) e lenha (1%).
Os dados mostram ainda que 96% das indústrias usam energia elétrica no processo produtivo; 20% usam energia solar; 14%, gás natural; 14%, óleo diesel; 8%, lenha; e 4%, óleo combustível.