Qual tem sido o comportamento das ações da companhia nos últimos dias?
Na quinta-feira, os papeis preferenciais (PETR4) tiveram um bom desempenho, com alta de 8%, enquanto as ações ordinárias (PETR3) subiram 7%. A alta foi balizada pela pesquisa do CNI/Ibope que sinalizou a queda de popularidade da presidente Dilma. A possibilidade de mudança no governo agradou os investidores e as ações tiveram o melhor resultado em quase 10 meses.
A alta deve se manter?
É cedo para dizer que é uma alta contínua e consistente. Ainda vamos ver muita volatilidade em ações que têm grande interferência das questões políticas, como as da Petrobras, principalmente em ano eleitoral.
Excluindo o cenário político, o que sinalizaria uma alta consistente das ações da Petrobras?
O aumento da produção e o reajuste dos combustíveis. Em ambos os casos, a empresa teria uma melhora considerável do caixa, que está bastante comprometido, e conseguiria compensar, em parte, o rombo com a defasagem dos preços. Um terceiro aspecto, menos provável, seria uma desaceleração forte do dólar frente ao real, já que a importação e a maior fatia do endividamento da empresa estão na moeda estrangeira.
Como ficam os investidores?
As ações da Petrobras são um ativo de longo prazo. Para quem investiu o saldo do FGTS em ações da companhia, por exemplo, esse não é o melhor momento para resgatá-las. Os maiores desafios da empresa estão no curto e médio prazo, mas as perspectivas são boas. Em 2016, o nível de produção deve subir consideravelmente. Este não será um ano de grandes reajustes, talvez um no primeiro semestre, mas em 2015 o governo terá de acertar as contas.
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