A Agência Nacional do Petróleo (ANP) confirmou nesta sexta-feira (7) que irá perfurar áreas no pré-sal, em um trabalho de mapeamento das reservas. O acordo vinha sendo costurado há algum tempo com o governo. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, anunciou que o trabalho de perfuração da ANP terá como objetivo elevar o conhecimento geológico da região do pré-sal e, no caso de identificação de uma megajazida, o governo pode decidir entregar a exploração da área à Petrobras.
A ANP não detalhou como será feito o trabalho, nem quando e por onde será iniciada a perfuração dos poços. Esclareceu apenas que o R$ 1 bilhão disponível para pesquisa e mapeamento refere-se a estudos em 29 bacias, no pré e pós-sal. Mas, se necessário, o governo já se dispôs a estudar a ampliação da verba. No dia 16 de julho, em seminário promovido no Rio pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o superintendente de Planejamento e Pesquisa da ANP, Florival Carvalho, havia revelado que na semana anterior a diretoria da agência havia encaminhado a proposta de perfuração no pré-sal à ministra Dilma.
"Segundo os especialistas, as reservas do pré-sal seriam de 50 bilhões de barris. Mas isso é puro chute. Sem perfurar, não dá para saber. Pode ser muito mais que 50 bilhões e pode ser menos também", disse Carvalho, na ocasião. De acordo com ele, o petróleo já encontrado é fruto da perfuração de empresas, com destaque para a Petrobras. "Fora da área de concessão, ninguém pode furar, porque é da União. E mais de 60% do pré-sal está em área não concedida", esclareceu, acrescentando que, como a ANP, que não tem equipamentos para isso, contrataria alguma empresa para furar.
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