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Candidatura

Após interferência de Mantega, Goldfajn diz ter apoio do Brasil para presidência do BID

“Posso garantir que todos a quem mostrei minha proposta no Brasil me apoiam e não há ninguém que tenha alguma objeção”, declarou Ilan Goldfajn. (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

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O economista Ilan Goldfajn, candidato brasileiro à presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), voltou a afirmar nesta sexta-feira (18) que conta com o apoio do Brasil e que não há ninguém que se oponha à sua candidatura.

“Posso garantir que todos a quem mostrei minha proposta no Brasil me apoiam e não há ninguém que tenha alguma objeção”, declarou o ex-presidente do Banco Central, que foi indicado à presidência do BID pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) pouco antes das eleições.

Goldfajn fez essas declarações em um fórum virtual organizado pelo Atlantic Council, realizado dois dias antes de que, no próximo domingo, ministros e autoridades econômicas dos 46 países que compõem o BID decidam, entre cinco candidatos, quem será seu próximo presidente.

O candidato brasileiro respondeu assim à polêmica suscitada há dias após o ex-ministro Guido Mantega, que chegou a integrar o processo de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, ter qualificado a proposta como "mais um golpe" desferido por Bolsonaro, além de ter reconhecido que tentou adiar a eleição na entidade.

"Não estou dizendo que o Ilan seja um mau candidato, mas o Bolsonaro tentou dar mais um golpe, criar um fato consumado e fazer um presidente do BID de forma equivocada", afirmou Mantega em entrevista à “Globonews”. A interferência foi critica pelo ex-ministro Henrique Meirelles.

O BID reagiu e declarou logo em seguida que seu regimento interno não contempla a possibilidade de adiar a eleição para a presidência do organismo. A dois dias do início da Copa do Mundo no Qatar, Goldfajn fez uma analogia com o futebol para comentar a situação.

"O treinador decide quem são os jogadores. 99% das pessoas entendem que são esses os jogadores, mas sempre há 1% que diz: ‘Bem, eu quero meu jogador da minha equipe’. Mas posso garantir que, quando começar a Copa do Mundo, todos os brasileiros vão torcer para sua seleção", comentou. O mais importante é que o candidato “seja independente”, como seria o seu caso, segundo garantiu o ex-presidente do Banco Central.

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