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Tecnologia

Apple lança iPhone 11: memes não perdoam semelhança com fogão

(Foto: Reprodução / Apple)

Em termos de design, a mais nova versão do iPhone vai fazer os fãs da Apple sentirem saudades dos rigores estéticos do fundador da companhia, Steve Jobs. Imediatamente após o lançamento do iPhone 11, nesta terça-feira (10), os memes tomaram a internet, implacáveis com a aparência pouco futurista do aparelho.

“Steve Jobs não morreu para que criassem esse design incrivelmente feio”, comentou uma internauta no Twitter, cujo post alcançou rapidamente mais de sete mil curtidas. Devido às três câmeras posicionadas sobre uma pequena base quadrada destacada do aparelho (na versão Pro), a associação mais comum feita nas redes sociais foi com um aparelho de barbear elétrico ou fogão de três bocas. “Nem precisa ir mais ao restaurante. Basta comprar o novo iPhone 11 e bom apetite!”, provocou outro usuário.

Com as vendas em ritmo mais lento, a Apple tem procurado diversificar os serviços e ofertas ao consumidor para angariar mais receita. Durante o lançamento do iPhone 11 em Cupertino, California, a companhia também anunciou os preços de seus novos serviços de assinatura, que serão lançados neste ano: a Apple Arcade e a Apple TV+ - ambos vão custar US$ 4,99 por mês, no mercado americano.

Tim Cook, CEO da empresa, iniciou o dia de lançamentos com uma declaração mais curta do que costuma fazer, classificando a Apple como uma “fabricante de produtos e tecnologias concebidas para servir à humanidade”.

- Apple Arcade: para começar seu serviço aos seres humanos, que tal uma central de games? A assinatura de jogos Apple Arcade vai começar com 100 games exclusivos para iPhones, Macs e a Apple TV+. A Apple Arcade será lançada no dia 19 de setembro em mais de 150 países.

- Apple TV+: Tim Cook revelou mais detalhes sobre a Apple TV+, que pretende rivalizar com a Netflix a partir de 1º de novembro. Ele destacou a grande expectativa do público com o serviço, dizendo que já houve mais de 100 milhões de visualizações de trailers para seus conteúdos exclusivos. Ele projetou um trailer da série “See”, que se passa no mundo pós-apocalíptico em que todos ficam cegos.

O novo serviço de streaming da Apple vai bater de frente não apenas com a Netflix, mas com uma armada de novos players pesos-pesados, como a Disney. Alguns analistas esperam que a Apple ofereça o pacote básico por US$ 10 por mês. O preço mais acessível, acompanhado de gratuidade de um ano para quem comprar um iPhone, reflete a competição pesada no mercado de filmes e séries por streaming.

iPhone 11: Depois de um breve flerte com numerais romanos para o iPhone X, a Apple retorna à nomenclatura usual de seus lançamentos com a linha iPhone 11. O preço inicial, no mercado americano, será de US$ 699, bem abaixo do preço inicial de US$ 1000,00 cobrado pela primeira linha X, lançada há dois anos.

A empresa apostou no incremento de suas câmeras de fotografia e filmagem ao criar o novo dispositivo. No iPhone 11, são duas câmeras de 12 megapixels. A ultrawide vem com o efeito olho de peixe, que faz caber um cenário maior no quadro. No modo vídeo, é possível trocar de uma lente para outra, utilizando a ferramenta de zoom. Quem estiver no modo fotografia, basta segurar o botão de gravação apertado e o celular passará, imediatamente, a gravar a cena.

O software das câmeras também teve upgrades. A Apple diz que a câmera pode detectar melhor os objetos e ampliar sua visualização, com opções enriquecidas com detalhes e variações de sombras e de luz. Foi criado um modo noturno para possibilitar captura de paisagens e movimentos em ambientes normalmente não fotografáveis.

A câmera frontal foi aprimorada e agora pode fazer selfies em slow-motion. A Apple chamou o recuso de “slowfies”. Os designers criaram uma pequena base quadrada no canto superior esquerdo do iPhone, já que as câmeras exigiram uma espessura maior do aparelho. A Apple descreveu o sobressalto como um “desenho geométrico em 3D” – que os críticos rapidamente associaram a fogão de três bocas e porta CDs.

Outra melhoria inclui um novo processador A13 Bionic, mais rápido. A bateria promete durar uma hora a mais do que o antecessor, iPhone Xr, com maior resistência à água e à poeira.

- iPhone 11 Pro: A companhia anunciou um par de novos smartphones top de linha: o iPhone 11 Pro, de 5,8 polegadas, e o iPhone 11 Pro Max, de 6,1 polegadas. O modelo Pro vai custar US$ 999,00 no mercado americano, enquanto o Pro Max poderá ser comprado por US$ 1.099,00.

As três câmeras “culpadas” pelo design polêmico, são, segundo a Apple, o que realmente fazem a diferença nos modelos Pro, possibilitando aos usuários fazer fotos de qualidade e vídeos padrão 4K. Os modelos Pro têm uma nova tela de led, batizada pela Apple de Super Retina XDR. É mais brilhante, mostra um espectro maior de cores e consome menos energia. A bateria dos Pros pode durar até quatro horas mais do que a do iPhone 11 e recarrega mais rapidamente.

As vendas do iPhone 11 começam, nos EUA, no dia 20 de setembro.

- iPad: A Apple anunciou a sétima geração de seu iPad. O novo aparelho, de 10,2 polegadas, tem 3,5 milhões de pixes e pesa menos de meio quilo. Tem um conector para teclado, funciona com a caneta Apple Pencil e roda na plataforma iPad OS, que foi recentemente otimizada a partir dos smartphones.

As mudanças mostram que a Apple ainda aposta alto para fazer do iPad uma opção de ferramenta de trabalho. A empresa comparou suas funcionalidades às de um notebook, e mostrou que é possível editar PDFs além de assistir filmes e rodar jogos. O iPad vai custar US$ 329 no mercado americano, e começa a ser vendido no dia 30 de setembro. São quatro novos iPads: iPad, iPad mini, iPad Air e iPad Pro.

- Relógio Apple: Tim Cook também revelou o novo relógio da companhia. Um vídeo mostrou usuários destacando os benefícios da ferramenta para monitoramento de indicadores de saúde. É a aposta da empresa para abrir as portas da lucrativa indústria de saúde, uma área que, segundo analistas, poderá compensar uma eventual diminuição dos lucros com a linha de iPhones. O relógio da Apple tem um display que fica sempre ligado. Versões anteriores desligavam a tela para economizar bateria e ligavam automaticamente, conforme o movimento do braço do usuário. Apesar deste display sempre ligado, a Apple garante que a bateria terá a mesma duração do modelo anterior. O preço de saída, no mercado americano, é de US$ 399, e as vendas dos relógios começam no dia 20 de setembro. A empresa anunciou também que irá baixar o preço do modelo Apple Watch 3 para US$ 199,00.

Leia também: Netflix ganha mais 7 milhões de assinantes e minimiza novos rivais Disney e Apple

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