A arrecadação de impostos e contribuições federais, além das "demais receitas" (concessões e royalties, entre outros), totalizou R$ 52 bilhões em agosto deste ano, o que representa uma queda real (com valores corrigidos pelo IPCA) de 7,49% frente ao mesmo mês do ano passado, informou nesta quinta-feira (17) a Secretaria da Receita Federal. Os valores incluem as receitas previdenciárias.
Segundo o órgão, esse é o décimo mês consecutivo de recuo da arrecadação federal na comparação com o mesmo mês do ano anterior. A comparação com o mesmo período do ano passado é considerada mais apropriada por especialistas.
Acumulado do ano
No acumulado dos oito primeiros meses deste ano, informou a Receita Federal, a arrecadação total somou R$ 432,1 bilhões, o que significa uma queda real de 7,40% frente ao mesmo período de 2008.
Se a arrecadação se mantivesse estável frente ao mesmo período do ano passado, em termos reais, o governo arrecadaria R$ 34,9 bilhões a mais de janeiro a agosto de 2009. Por conta da frustração de receitas, já foram realizados ajustes no orçamento deste ano, por meio do corte de gastos.
Segundo dados da Receita Federal, a crise financeira é a principal responsável pela queda da arrecadação neste ano, além dos cortes de impostos efetuados pelo órgão - feitos justamente para reativar a economia por conta das turbulências internacionais.
Neste ano, a lucratividade das empresas recuou, pelo menos, 29,5%, enquanto a produção industrial caiu 12,8%; as importações caíram 31,2% em dólar. Todos estes fatores, que estão ligados à crise financeira internacional, contribuíram para derrubar a arrecadação em 2009.
Reduções de tributos
No acumulado de janeiro a agosto, segundo informou a Receita Federal nesta quinta-feira (17), as reduções de tributos geraram uma queda de R$ 17,3 bilhões na arrecadação de impostos e contribuições federais.
O órgão lembra que, além da redução do IPI de automóveis, de materiais de construção e da linha branca (máquinas de lavar, tanquinhos, fogões e geladeiras), também foi extinta a CPMF (pois a prorrogação não passou no Congresso Nacional), houve redução da alíquota do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) e redução da CIDE para gasolina e diesel. Também foi alterada a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF).
STF poderá forçar governo a tomar medidas mais efetivas contra danos das bets
Com argumentos de planos de saúde, associações de autistas fazem lobby negacionista com governo Lula
Novo “AeroLula”? Caso do avião presidencial no México reacende debate
“Precipitada” e “inconsistente”: como economistas reagiram à melhora da nota do Brasil
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião