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A companhia aérea Azul está considerando a possibilidade de fazer uma oferta pela Gol Linhas Aéreas, que passa por um processo de recuperação judicial. Segundo fontes próximas ao assunto relataram à Bloomberg, a Azul está sendo assessorada pelo Citigroup e o Guggenheim Partners enquanto explora diversas opções estratégicas, incluindo a aquisição completa da concorrente.
As discussões ainda estão em estágio privado, e a Azul pode decidir não seguir adiante com a proposta. Até o momento, a empresa não comentou publicamente sobre o assunto, e nem Citigroup nem Guggenheim se pronunciaram a respeito.
Qualquer oferta da Azul pela Gol precisaria da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A Gol, sediada em São Paulo, entrou com um pedido de Chapter 11 nos EUA, uma forma de recuperação judicial, pela dívida acumulada de R$ 20,1 bilhões ao final de 2023.
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A Azul e a Gol fazem parte do trio de companhias aéreas que dominam o mercado de viagens aéreas na América Latina, junto com a Latam. Embora atendam a algumas rotas semelhantes, a Gol se concentra mais nos voos entre São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, enquanto a Azul possui uma rede mais ampla, incluindo outras cidades.
John Peter Rodgerson, CEO da Azul, comentou que a empresa está monitorando de perto a situação e que tem a obrigação de considerar as oportunidades que surgem, sem fornecer mais detalhes sobre a possível oferta pela Gol. “Você tem a obrigação com seus acionistas de observar as oportunidades que existem”, disse à Bloomberg.
Apesar do aumento das tarifas e da demanda no ano passado, ambas as empresas enfrentaram desafios financeiros devido aos altos preços dos combustíveis de aviação e aos atrasos na produção de novas aeronaves.
Para fortalecer seu balanço, a Azul implementou medidas como corte de custos, acordos com locadores e adiamento do pagamento de dívidas por meio de trocas de títulos.