A Campanha Nacional dos Bancários 2010 em Curitiba e região começou nesta quinta-feira (19). As principais reivindicações da categoria são por melhores condições de trabalho, saúde e segurança. Um ato, realizado no centro da cidade na manhã desta quinta, marcou o lançamento da campanha.
O calendário de negociações será definido na próxima terça-feira (24), quando será realizada a primeira rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários, que representa os trabalhadores, e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), entidade patronal. Nesta reunião, serão debatidas as questões de saúde e condições de trabalho.
"Quem vai determinar a campanha, a mobilização e uma possível greve é a mesa de negociação. Entendemos que a economia brasileira vai bem e o sistema financeiro nacional melhor ainda", afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Otávio Dias. A expectativa dos bancários é de que um acordo seja fechado durante as negociações.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Fenaban assinaram um pré-acordo, no dia 11 de agosto, que definiu os direitos dos trabalhadores durante as negociações. A data-base da categoria é 1º de setembro.
Reivindicações
Os bancários reivindicam melhorias em quatro eixos: remuneração, emprego com igualdade de oportunidades, saúde do trabalhador e segurança bancária. A categoria quer um reajuste salarial de 11%, referente à inflação do período mais aumento real; piso salarial de R$ 2.157,88, de acordo com o que foi calculado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese); e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4 mil fixos. Além disso, os bancários reivindicam benefícios como auxílio refeição, cesta alimentação e auxílio creche no valor de um salário mínimo cada (R$ 510).
A campanha também exige a redução das metas abusivas, contratação de trabalhadores pela remuneração total, combate ao assédio moral, prevenção contra riscos de trabalho, ampliação de equipamentos de prevenção e apoio às vítimas de assaltos e sequestros, inclusive com estabilidade provisória.