As ações da China fecharam de forma mista nesta terça-feira (5), em um pregão volátil, com os índices alternando entre os territórios positivo e negativo após medidas de estímulos do governo.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 0,28%, para 3.478 pontos. O índice de Xangai caiu 0,26%, para 3.287 pontos.
No início dos negócios, os preços das ações caíram mais de 2%, provocando temores de que as operações caminhavam para o segundo dia de pânico depois do mergulho de 7% na véspera detonar o mecanismo de “circuit breaker”, suspendendo as negociações pela primeira vez como forma de limitar a volatilidade.
O governo reagiu injetando quase US$ 20 bilhões de dólares nos mercados através do Banco Popular da China, maior atuação desde setembro.
Os operadores suspeitaram que os bancos estatais também foram usados para sustentar o yuan ao mesmo tempo para impedir o CSI300 de cair mais de 5%, o que acionaria o mecanismo “circuit breaker” e voltaria a interromper as negociações.
O órgão regulador dos mercados da China, por sua vez, anunciou que estava planejando novas regras para restringir ainda mais as vendas de ações por parte dos principais acionistas de empresas cotadas e que iria ajustar ainda mais o mecanismo de “circuit breaker” em meio a críticas de que tinha alimentado o movimento de venda na segunda-feira.
O “circuit breaker” exacerbou as vendas nos mercados acionários chineses na segunda-feira, e muitos investidores estavam optando por fazer vendas preventivas a serem pegos de surpresa por qualquer queda repentina.
Analistas alertaram os investidores para se prepararem para mais oscilações dos preços, e a sessão destacou os desafios que Pequim encara.
Uma certa paz recaiu sobre os mercados após a atuação do BC chinês. Ainda assim, a volatilidade pesou sobre o resto da região, e às 7h20 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão caía 0,44%, após breve presença no território positivo.