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Governo resiste

Bares e restaurantes pedem a Lula o retorno do horário de verão

Bares e restaurantes estimam aumento de 10% a 15% nas vendas com o horário de verão, segundo a Abrasel. (Foto: Maicon J. Gomes/Arquivo/Gazeta do Povo)

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A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) manifestou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sua defesa pela retomada do horário de verão, apesar dos sinais dados pelo governo de que a medida não está sendo considerada este ano. A última vez que o Brasil teve horário de verão foi em 2018. A medida foi revogada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2019, seu primeiro ano de mandato.

Em carta entregue nesta sexta-feira (22) a Lula e também ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, e ao ministro do Turismo, Celso Sabino, a entidade lista benefícios que a eventual decisão de atrasar os relógios em uma hora traria à economia do país, com destaque para os ramos de comércio, serviços e turismo. Os bares e restaurantes estimam uma expansão de 10% a 15% na receita, segundo nota da Abrasel.

O documento da associação sublinha que, nesse momento em que os seus associados ainda se recuperam dos prejuízos causados pela pandemia da Covid-19, a implementação do horário de verão beneficiaria um setor que proporciona emprego e renda para mais de 7 milhões de brasileiros com cerca de 1,5 milhão de empreendimentos. O texto lembra que um especial estímulo seria dado aos empreendimentos turísticos, considerando que os turistas tendem a aproveitar por mais tempo as atividades dos destinos.

“O retorno do horário de verão proporcionaria mais tempo de luz natural durante os dias, o que favorece o consumo e a frequência de clientes nos estabelecimentos, além de trazer mais movimento e segurança às cidades de modo geral. Além disso, contribuiria para poupar energia e reduziria os custos operacionais nas empresas, mesmo sem risco de desabastecimento”, argumenta Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.

O empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, também acredita que a medida traria muitos benefícios ao comércio e para a sociedade, segundo nota enviada pela Abrasel.

“A decisão visa não só economizar energia, mas contribui para melhorar a economia, gerar desenvolvimento e, consequentemente, mais emprego e renda. Essa hora a mais cria oportunidades para as pessoas aproveitarem melhor o dia, estimulando o turismo de lazer e compras. Mais de 70 países também usam o horário de verão, o que prova a sua influência positiva”, afirma o empresário.

Em nota divulgada nesta semana, o Ministério de Minas e Energia afirmou que não vê até o momento “necessidade” de adotar o horário de verão no Brasil. No fim de 2022, o então presidente eleito fez uma enquete no Twitter, atual X, questionando sobre a volta do horário de verão. Dentre os 2,3 milhões de participantes do levantamento informal, 66,2% apoiaram e 33,8% foram contrários.

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