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Brasil cria quase 400 mil empregos formais em outubro e bate novo recorde histórico
| Foto: Albari Rosa/Arquivo/Gazeta do Povo

Pelo quarto mês consecutivo, o Brasil registrou saldo positivo na geração de empregos com carteira assinada, em um sinal de retomada do mercado após o auge pandemia de Covid-19. Foram criados 394.989 postos de trabalho em outubro, resultado decorrente de 1.548.628 admissões e 1.153.639 desligamentos. Foi o melhor resultado para o ano e para um mês em toda a série histórica, iniciada em 1992.

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados nesta quinta-feira (26) pelo Ministério da Economia. O ministro da Economia, Paulo Guedes, comemorou o resultado em entrevista coletiva virtual: "nunca o Brasil criou tantos empregos".

"Notícia extraordinariamente favorável hoje. Esse mês de outubro de 2020 foi o mês em que geramos mais empregos na série histórica do Caged. Desde 1992 o Brasil não criava tanto emprego em um mês. Criamos quase 400 mil empregos. A economia brasileira continua retomando em V e gerando empregos a um ritmo acelerado", afirmou.

Dos cinco setores da economia analisados, quatro criaram vagas em outubro. O principal foi o setor de serviços, que abriu 156.766 postos de trabalho. No comércio foram criadas 115.647 vagas; na indústria, 86.426; e na construção, 36.296. Somente o setor agropecuário teve resultado negativo, com o fechamento de 120 vagas em outubro.

O mês também foi positivo nas cinco regiões do país, com destaque para o Sudeste, onde o saldo ficou em 186.884 postos criados. Depois, aparece o Sul, com resultado de 92.932. No Nordeste foram criados 69.519 empregos formais; no Centro-Oeste, 25.024; e no Norte, 20.658 vagas.

Emprego formal no acumulado do ano, segundo o Caged

No acumulado do ano até outubro, o dado de geração de vagas ainda é negativo. Foram fechados 171.139 postos de trabalho, resultado de 12.231.462 admissões e 12.402.601 desligamentos no período. O desempenho negativo é por causa da crise causada pela Covid-19 no primeiro semestre.

Segundo dados do Caged, 1,53 milhão de postos de trabalho foram perdidos no auge da pandemia, de março a junho. O fundo do poço foi em abril, quando o país fechou 918,2 mil vagas. Nesse mesmo mês, muitos estados e municípios adotaram medidas de isolamento social para conter o avanço do vírus.

O resultado dos quatro meses de fechamento de vagas (março a junho) está sendo parcialmente revertido neste segundo semestre. Em julho, foram criadas 131 mil vagas. Em agosto, foram mais 294,4 mil postos de trabalho. Já em em setembro, 313 mil vagas Agora em outubro, um novo recorde: quase 400 mil.

É possível terminar o ano com zero perda de empregos, diz Guedes

Apesar do resultado do acumulado do ano ainda estar negativo, o ministro Paulo Guedes disse que é perfeitamente possível terminar o ano com zero perda de empregos formais. Se isso acontecer, afirmou o ministro, terá sido um ano histórico para a economia brasileira.

"Nessa recessão, que veio de fora, que nos jogou no fundo do poço, nós não perdemos o rumo, nos levantamento e estamos criando emprego com alta velocidade. Podemos chegar ao fim do ano com zero de perda de empregos no mercado formal", projetou Guedes.

"Se terminarmos o ano com zero perda de empregos formais, terá sido um ano histórico para a economia brasileira", completou.

Tradicionalmente, o mês de dezembro tem um forte fechamento de vagas, o que poderia fazer com que o resultado do ano ainda ficasse negativo. Porém, segundo o secretário de Trabalho, Bruno Dalcomo, é possível que neste ano a tendência seja diferente, já que milhares de trabalhadores terão estabilidade garantida em virtude dos acordos de suspensão de trabalho e redução de jornada e salário fechados neste ano.

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