O ministro da Economia, Paulo Guedes.
O ministro da Economia, Paulo Guedes.| Foto: Edu Andrade/Ascom/ME

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira (8) que a manutenção de muitas estatais é "pretexto para a corrupção" e defendeu, pelo menos, quatro grandes privatizações "óbvias": Correios, Eletrobras, PPSA (estatal do pré-sal) e Porto de Santos. As declarações foram em coletiva de imprensa de balanço de ações da pasta e de prioridades para 2021.

"A Eletrobras precisa de 17 bilhões de investimento por ano. Ou continua estatal sem recursos para investir ou abre e tem recursos. Os Correios é outro caso. É importante salvar Correios antes que ele perca a funcionalidade. se fizermos uma boa privatização, vamos garantir a aposentadoria. Se fizermos a privatização, vamos garantir a aposentadoria de 100 mil carteiros brasileiros que têm aposentadoria ameaçada por corrupção no Postalis. A PPSA é uma holding que segura contratos de petróleo que são convites à corrupção. Então, todo ano tem pretexto pra corrupção", relatou Guedes.

Sobre a dificuldade de andamento da agenda de privatizações, Guedes classificou como uma "disfuncionalidade" entre os interesses do governo eleito e de quem pauta a Câmara. "Eu acredito que há uma disfuncionalidade no sistema hoje. Quem ganhou duas eleições seguidas foi a centro-direita e quem comanda a pauta da Câmara é a centro-esquerda. Não é razoável que um governo que ganhou duas eleições, a presidencial e o eixo político do governo a municipal, não consiga pautar", reclamou.