O ministro da Economia, Paulo Guedes.
O ministro da Economia, Paulo Guedes.| Foto: Edu Andrade/Ascom/ME

Em coletiva de imprensa de balanço de atividades da pasta e de perspectivas para 2021, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que não apoiou a reforma tributária do Congresso porque ela iria "quebrar comércio e serviços".

"Esse IVA [imposto sobre valor agregado] que está em análise no Congresso, com a premissa de recolher o que arrecadam o ICMS e o ISS hoje, ia ter uma alíquota acima de 30%. Isso ia quebrar comércio e serviços", explicou. "Não posso me lançar numa aventura dessas."

Guedes disse que, por isso, preferiu enviar somente a primeira parte da reforma tributária do governo, prevendo apenas a unificação dos impostos federais PIS e Cofins na CBS (Contribuição Sobre Serviços). O ministro prometeu que, quando o governo tiver "recomposto o eixo político", ele retornará ao debate com as demais fases. As partes dois, três e quatro da reforma tributária do governo preveem mudanças no IPI, no Imposto de Renda, taxação de dividendos e desoneração da folha com compensação da criação de um imposto digital.