Instalação de petróleo de Aramco, ao sul da capital saudita Riad
Instalação de petróleo da Aramco, ao sul da capital saudita Riad| Foto: Fayez Nureldine/AFP

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira (2), em meio a rumores de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados podem aprofundar cortes na produção da commodity. O petróleo WTI para janeiro fechou em alta de 1,43%, a US$ 55,96 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para fevereiro avançou 0,71%, a US$ 60,92 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

No início da manhã, a Reuters informou que a Opep e aliados, grupo conhecido como Opep+, planeja aprofundar os cortes na produção em pelo menos 400 mil barris por dia (bpd) até junho de 2020. Uma redução da oferta teria potencial para elevar os preços da commodity. Neste domingo (1), a Dow Jones Newswires já havia noticiado que a Arábia Saudita pressionará por uma extensão nos cortes na próxima reunião do grupo, que ocorre nos dias 5 e 6 de dezembro. Dados da China também contribuíram para a alta do petróleo, pela possibilidade de aumento da demanda. O Índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial chinês avançou de 51,7 em outubro para 51,8 em novembro, o maior patamar desde dezembro de 2016, quando foi de 51,9.

Além disso, a queda do dólar também apoiou a commodity. O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante seis outras divisas principais, passou a cair após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado pelo Twitter a restauração de tarifas a importações de aço e alumínio do Brasil e da Argentina, dizendo que os dois países "vêm promovendo maciça desvalorização" de suas moedas. O dólar recuou, também, devido à cautela com indicadores americanos. O índice do Instituto para Gestão da Oferta (ISM) para a indústria dos EUA, por exemplo, recuou a 48,1 em novembro contra previsão de alta a 49,4.