A Caixa Econômica Federal deverá diminuir, ainda este mês, o valor financiável da casa própria. As novas regras valem tanto para o Sistema de Amortização Constante (SAC) como pela tabela Price, e estão previstas para entrar em vigor a partir de 21 de outubro.
Conforme comunicado enviado a agentes imobiliários, a mudança afetará as modalidades TR, poupança, IPCA e taxa fixa, abrangendo residências, novas e usadas, imóveis comerciais, além de empréstimos para construção individual e compra de lotes urbanizados.
No caso da tabela SAC, onde as prestações são maiores no início e menores no final, o percentual máximo de financiamento vai diminuir de 80% para 70%. Já pela tabela Price, que oferece parcelas fixas, o percentual cairá de 70% para 50%.
Segundo informações do Infomoney, a nova regra também impede que o comprador tenha outro financiamento ativo com a Caixa, e o valor máximo do imóvel financiado será de até R$ 1,5 milhão. Imóveis adjudicados e empreendimentos vinculados à Caixa não serão afetados.
O banco do governo federal é responsável por 70% do financiamento imobiliário no país. A recente alta do dólar, e as incertezas acerca da inflação, fizeram com que o Comitê de Política Monetária (Copom) elevasse a taxa Selic, taxa de juros básicos da economia, passando de 10,5% para 10,75% ao ano. Foi a primeira alta desde agosto de 2022.
Atualmente, a Caixa utiliza 88% dos depósitos de poupança para financiar sua carteira imobiliária. O presidente da instituição, Carlos Vieira, explica que o limite de capacidade de financiamento habitacional está sendo atingido, e demonstra preocupação para 2025.
Com a escalada da Selic e a possível falta de verba, os contratos de financiamento ficam parados, as obras demoram para finalizar e o potencial de compra diminui. O cenário obriga o setor a buscar alternativas para manter-se atrativo, na expectativa de não prejudicar o consumidor final.
O mercado imobiliário é um dos setores mais dinâmicos e influentes no país, responsável pelo desenvolvimento da construção civil e geração de empregos. Seu declínio representaria um alerta para a economia nacional.
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